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A British Airways está entre as maiores transportadoras aéreas nas ligações entre a Europa e a América do Norte e Central. A Ibéria domina o tráfego aéreo no Atlântico Sul. Foi anunciada a fusão das duas.
Um porta-voz da TAP assegura que a transportadora nacional não será afectada pela operação. O Expresso de hoje concorda: "Fusão anglo-ibérica não afecta Portugal". (Será isto uma notícia?)
Portugal sempre foi historicamente o aliado ibérico preferencial do Reino-Unido em tudo o que respeita ao Atlântico Sul. Neste caso, porém, foi posto de parte.
A localização geográfica do país só não será irremediavelmente periférica se funcionar como plataforma de articulação com outros espaços. No caso do transporte aéreo, esses espaços só podem ser a África e a América do Sul.
Como pode alguém pretender que, isoladamente (ou melhor, desintegrada de uma aliança que reforça a sua posição no espaço atlântico), a TAP tem condições para competir com êxito contra a Ibéria e a British Airways associadas?
O problema da orientação estratégica da TAP arrasta-se há anos sem que o assunto mereça a atenção devida da opinião pública, dos partidos ou do governo. Não resta muito tempo nem muita margem de manobra.
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A sua opinião poderia ser certeira, se não enfermasse de um erro de base: na realidade, a TAP integra a nmaior aliança mundial de companhias de aviação, que dá pelo nome de Star Alliance, e é o "barço armado" desta aliança para a América do Sul e, em menor escala, também para África. A fusão BA/Ibéria nada acrescenta ou retira ao papel da TAP dentro da Star Alliance.
ResponderEliminarComo talvez imagine, eu estou a par da integração da TAP na Star Alliance.
ResponderEliminarO que eu digo é o seguinte:
1. É absurdo dizer-se que a fusão não acrescenta nada à aliança já existente entre a Iberia e a BA.
2. É absurdo dizer-se que a posição da TAP não é afectada pela fusão entre a Ibéria e a BA.
3. É absurdo dizer-ser que o problema já está resolvido pela integração da TAP na Star Alliance.
Acrescento agora:
1. Parece-me evidente que o tempo das meras "alianças" já passou.
2. Portugal tem tido um papel muito passivo neste domínio, por razões que todos mais ou menos entendemos.
Caro João Pinto e Castro,
ResponderEliminarPermita-me também esclarecer e acrescentar:
1 - Seria obviamente absurdo afirmar que "a fusão não acrescenta nada à aliança já existente entre BA e Ibéria". Se ler bem, verá que eu escrevi que essa fusão "não acrescenta nada ou retira ao papel da TAP dentro da Star Alliance."
2 - Foi o próprio JPC que escreveu "Como pode alguém pretender que, isoladamente (ou melhor, desintegrada de uma aliança que reforça a sua posição no espaço atlântico), a TAP tem condições para competir com êxito contra a Ibéria e a British Airways associadas?", pelo que é legítimo imaginar que não estivesse a par que a TAP integra a Star Alliance.
3- A TAP é aliada da Lufthansa, por exemplo, que é, só por si, maior que a BA+IB.
4- Fora as generalidades não fundamentadas, a que problema concreto, afinal, é que alude? Lamento, mas fico sem perceber.
5- A privatização da TAP é desejável e urgente,mas não deve ser incondicional.
6 - Obrigado por me permitir a utilização deste seu espaço. "I rest my case".
Só uma precisão: eu não disse nada sobre a privatização da TAP ser "desejável e urgente", basicamente porque não tenho uma opinião formada sobre o assunto.
ResponderEliminarNão tem nada que agradecer. Será sempre bem vindo.