"If they can get you asking the wrong questions, they don’t have to worry about answers" Thomas Pynchon
12.9.06
Não foi erro, foi mentira
Não, meus amigos. Não se trata de nebulosas insinuações insusceptíveis de serem provadas. Trata-se de factos.
No seu livro de há dois anos, Richard Clarke, Conselheiro Nacional de Segurança de quatro presidentes, denunciou o total desinteresse de Bush, Cheney, Rumsfeld, Rice e Wolfwitz pela Al-Qaeda, tanto antes como depois do 11 de Setembro. Os factos relatados não só não foram desmentidos, como se viram posteriormente confirmados por outros testemunhos.
Estas coisas são sabidas em toda a parte, menos talvez por cá, que temos a maior concentração de neocons por centímetro quadrado de opinião publicada.
Ora bem, antes que se ponham a gritar como virgens apalpadas, eu adianto a minha interpretação. Para Bush e companhia, a Al-Qaeda nunca passou de um pretexto para outras cavalarias. Precisamente por isso, a grande questão da política externa de hoje é a desmontagem dessa agenda oculta que procura levar o mundo por caminhos ínvios.
Repito: a invasão do Iraque não foi um erro, foi um acto calculado suportado numa mentira premeditada que colocou a América e o mundo sob chantagem.
É preciso continuar a bater neste ceguinho, porque ele é manhoso e, se poupado, não perderá a oportunidade de contra-atacar.
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