"If they can get you asking the wrong questions, they don’t have to worry about answers" Thomas Pynchon
12.2.04
Crítica da razão distraída
Tenho tendência para desconfiar de um filósofo que morreu virgem e por quem as pessoas acertavam os relógios quando passava na rua.
Além disso, Kant é de facto um filósofo difícil: Wordsworth ria-se na cara De Quincey quando ele se gabava de compreendê-lo.
Seja por ser demasiado puritano ou demasiado inteligente para mim, a verdade é que as minhas leituras de Kant têm sido bastante esparsas. Para falar verdade, leio-o como quem folheia revistas. Enfim, uma coisa vergonhosa...
Mas o segundo centenário da morte do filósofo de Konigsberg provocou-me um lancinante sentimento de culpa. Como posso eu ter gerido tão mal a minha relação com este homem que representa, ele sim, o horizonte inultrapassável da nossa época?
Prometo que vou emendar-me. A começar já hoje.
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