"If they can get you asking the wrong questions, they don’t have to worry about answers" Thomas Pynchon
10.11.06
Cá vamos indo
Não só sou de raciocínio lento, como ainda por cima orgulho-me disso. Ainda irei a tempo de dizer qualquer coisa sobre as eleições nos EUA?
Muita gente continua a teimar em não perceber que George W. Bush não é um republicano como os outros.
O caso não é apenas que ele tenha governado a economia no exclusivo interesse dos ricos, tornado a Casa Branca num sítio onde principalmente se congeminam negócios e cometido erros graves de política internacional - o que já seria suficientemente mau.
Trata-se de alguém a quem não repugna roer nos direitos e garantias fundamentais, que não revela a mínima consideração pela vida humana e que fala directamente com Deus.
É possível que a derrota republicana não provoque automaticamente alterações de fundo na política externa norte-americana.
Mas - e isto é o mais importante - quebrou-se uma dinâmica extremista que nos levava a todos não se sabe bem para onde, e abriu-se de novo espaço à moderação, esse bem precioso que só valorizamos plenamente quando desaparece da vida política.
E isso é muito.
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