21.9.12

Inferência estatística

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"Desde a morte de Sá Carneiro que se provou e tornou a provar que um primeiro-ministro que não aparecesse ao público como o inequívoco responsável pela vitória da maioria não conseguia, por mais que se esforçasse, adquirir a autoridade para governar o seu partido, o Estado e o país. A fraqueza original de Balsemão e Santana Lopes vem daí." (VPV no Público de hoje)

Há um ramo da estatística dedicado às pequenas amostras, mas apenas dois eventos seria sempre demasiado escasso para autorizar verdades tão absolutas e definitivas.

(Assessorado por um Ministro das Finanças de Boliqueime, Sá Carneiro arruinou em ano e meio as finanças do país para ganhar uma eleição presidencial, que aliás perdeu. Se acaso não tivesse perecido em Camarate, o mais natural é que tivesse sido forçado a reformar-se prematuramente da política, como sucedeu a Balsemão, que herdou a enorme trapalhada por ele produzida.)
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2 comentários:

Carlos Taveira disse...

Infelizmente é muito raro ver este tipo de avaliação do consulado de Sá Carneiro como PM (com que concordo totalmente). Provavelmente uma das figuras mais sobreestimadas da democracia portuguesa.

Mário de Castro disse...

Junto as minhas às palavras de Carlos Taveira. O endeusamento de Sá Carneiro tem qualquer coisa de norte-coreano e é, como já se viu com Santana Lopes, muito pernicioso porque permite que certos figurantes se guindem à posição de actores (ainda que menores)da política portuguesa.