Pinto Monteiro afirma
taxativamente no Expresso de hoje: “O processo Freeport é uma fraude”, cuja sustentação
probatória se resumiu a “uma carta anónima e uma senhora que ouviu uma conversa
no café”. De seguida, sugere que a equipa de investigação andou a brincar
connosco durante uma década e conclui ensinando-nos que este foi o terceiro
processo mais caro de sempre em Portugal.
Na minha inocência, julgava eu
que uma fraude é um crime e que um crime deveria ser investigado e punido. Mas,
se o ex-PGR assim não pensa, estarei decerto equivocado.
É claro que esta trama, cuja
origem Monteiro parece atribuir ao facto de haver “magistrados a fazer política”,
só pôde fazer o seu percurso por uma conjugação de cobardias individuais e
colectivas de que a pusilanimidade do entrevistado é exemplo.
A propósito de cobardia, eu
tenderia a pensar que “O processo Freeport é uma fraude” daria um apelativo
título de primeira página. Não foi, esse, porém, o entendimento da direcção do
Expresso – e quem sou eu para a criticar?
1 comentário:
Tendo em conta o volumoso processo e a chafurdice, dava, por certo, um GRANDE FILME, estivesse cá o Scorcese, ou o Woody Allen...
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