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É muito provável que o desemprego venha a manter-se em níveis elevados, mesmo que a economia evolua positivamente. O mesmo é dizer que poderá ainda agravar-se, caso as coisas corram mal.
Logo, politiquices à parte, é forçoso que a primeira prioridade do novo governo PS venha a ser - adivinharam - a contenção e redução do desemprego.
Este pareceria, à primeira vista, um terreno favorável para a aprovação de medidas com o apoio do BE e do PCP. Porém, como ambos estão de má-fé, sabemos que declararão insuficiente o que quer que se faça.
Não é um drama um défice público entre os 6 e os 7% em 2009. O mesmo não poderá dizer-se se o prolongamento da crise obrigar à manutenção de despesas excepcionais no próximo ano.
É verdade que, se a má conjuntura internacional persistir, a UE não incomodará os países membros por causa dos défices excessivos. Todavia, níveis crescentes de endividamento público ao nível mundial acabarão por suscitar, mais tarde ou mais cedo, inflação ou aumento de impostos.
Assim, o governo terá de carregar ao mesmo tempo no travão e no acelerador, mantendo-se simultaneamente atento a dois perigos: o de relaxar antes de tempo a política económica anti-depressiva e o de deixar subir demasiado o endividamento público.
É isto que tornará especialmente difícil a gestão financeira nos próximos anos, com BE e PCP, por um lado, a exigirem mais despesa, e PSD e PP, pelo outro, a pressionarem descidas de impostos.
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29.9.09
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