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Uma pessoa com dois dedos de testa sente-se compungida ao ler um post como este.
Já nem falo da confusão entre factos e estatísticas, porque os economistas não são treinados para distinguir uma coisa da outra.
Tampouco me incomoda excessivamente que Álvaro Santos Pereira recorra a algumas estatísticas duvidosas ou aproximativas ao mesmo tempo que esquece outras que poderiam embaraçar o seu propósito.
Mas a gente espera, talvez ingenuamente, que um académico entenda que correlação não é causalidade e que, por conseguinte, prescinda de proclamações inflamadas em proveito de análises mais esclarecedoras.
Porque a questão essencial, que ele menciona mas a que não tenta responder é esta: "O que é que ocorreu entre 1995 e 2011?" Muita coisa, certamente, designadamente a adesão ao euro, o alargamento da UE a Leste, a abertura à concorrência chinesa e a grande crise financeira iniciada em 2007.
Logo, o que nós gostaríamos de saber era o que Álvaro Santos Pereira teria feito de diferente para reagir a tais circunstâncias - mas, se possível, sem nos gritar aos ouvidos.
Aguardemos o livro para ver se será melhor que o post.
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29.4.11
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