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O desemprego entre os jovens é sempre maior do que no resto da população.
Por quê? Por um lado, porque neste grupo etário há proporcionalmente mais gente a entrar no mercado de trabalho; por outro, porque, desfrutando muitos de proteção familiar, podem gastar mais tempo em busca da ocupação mais vantajosa, prolongando no tempo a situação de inactividade.
Mas estará ao menos o desemprego juvenil a aumentar proporcionalmente mais do que o da generalidade da população activa? Não, como se demonstra neste post (leiam também os restantes da série).
Em contrapartida, a situação agravou-se relativamente mais recentemente no segmento mais velho dos trabalhadores, aquele que, para além de não poder recorrer ao apoio da família, ainda por cima tem crianças e jovens a seu cargo.
Não parece, pois, justificar-se uma particular preocupação com o desemprego juvenil.
Se, porém, como cada vez parece mais provável, a economia permanecer estagnada por muito tempo, uma parte das novas gerações poderá sofrer um dano permanente na medida em que permanecerá inactiva precisamente na idade vital para o sucesso de uma carreira profissional.
Nesse sentido - e só nesse - o desemprego juvenil pode vir a ter consequências particularmente destrutivas para as suas vítimas.
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10.3.11
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1 comentário:
Caro JPC,
Mas é esse excatamente o problema. Quando se tem mais idade as pessoas conformam-se. Quando são mais novas e não têm perspectivas revoltam-se. No fim é da democracia que acabamos por falar.
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