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A redação de Pedro Lomba começa hoje muito bem no Público, com ele a
reproduzir informações sobre a União Europeia recolhidas na Wikipedia
que tinha mais à mão.
Chegado à linha dezanove, porém, tropeça logo da primeira vez que tem
que acrescentar uma pequena elaboração mental própria, ao afirmar que
cada país da União tem "um povo nacional".
Este deslize tem consequências para o argumento principal da prosa, a
saber, que "jamais existiu no mundo uma democracia à escala
transnacional".
Se tiver a bondade de deslocar-se a Badajoz, poderá, virando-se para
leste, contemplar uma dessas democracias multinacionais cuja existência
desconhece. Circunstância idêntica encontraria no Reino Unido e na
Bélgica, já para não falar da quase totalidade dos países do leste
europeu, de cuja solidez democrática é, porém, permitido duvidar-se.
Atravessando o Atlântico, mesmo que prefira ignorar o Brasil, poderá
pôr os olhos nos EUA, um mosaico de variadas nações que recebe novos e
originais influxos em cada ano que passa.
Coloca a multiplicidade de nações e culturas dificuldades
particulares à edificação de uma democracia? Sim, mas já se fabricou
disso e continuará a fabricar-se.
Vamos lá a pensar melhor no assunto.
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24.5.12
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