Ouvi ontem Marcelo explicar que, se todas as pessoas que o desejassem entregassem aos bancos as suas casas para saldar os empréstimos à habitação, isso agravaria dramaticamente o equilíbrio dos bancos, com gravíssimas consequências para o sistema financeiro.
Isto é aquilo a que se chama uma visão parcial e interesseira.
Reparem que a degradação da situação patrimonial dos bancos seria exactamente simétrica à melhoria da situação patrimonial das famílias no caso de essa dação em pagamento ser autorizada. Vai daí, elas melhorariam os seus saldos bancários, o que, por sua vez, contribuiria para equilibrar a situação financeira dos bancos.
Logo, o que está em causa na operação proposta não é o risco de uma degradação dos equilíbrios do sistema financeiro - que não existe - mas uma redistribuição de recursos dos bancos para as famílias. Coisa que, naturalmente, os gestores e os accionistas dos bancos (e o professor Marcelo) não desejam.
7.5.12
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