31.3.10

O confronto político dos nossos dias

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O artigo que este mês publiquei na edição portuguesa do Le Monde Diplomatique (PIIGS ve. FUKD) envelheceu muito depressa.

Não porque estivesse errado, mas porque, nas últimas semanas, aumentou exponencialmente o número de comentadores que comungam da opinião que ali exprimi, e que se pode resumir assim: não há uma crise da Grécia, mas uma crise da zona euro; como tal. qualquer solução duradoura depende de um rearranjo profundo do sistema monetário europeu, e esse, por sua vez, de alterações na constituição da Europa.

Hoje, Martin Wolf insiste no FT:
"As soon as we ask what was the underlying cause of the fiscal catastrophes of today, we must realise that they were ultimately the result of reliance on an accommodative monetary policy, employed to offset the feeble growth of demand in the eurozone’s core and, above all, in Germany."
E conclui, comentando as últimas decisões da UE:
"Evidently, Germany can get its way in the short run, but it cannot make the eurozone succeed in the way it desires. Huge fiscal deficits are a symptom of the crisis, not a cause. Is there a satisfactory way out of the dilemma? Not so far as I can see. That is really frightening."
O confronto político decisivo de hoje opõe europeistas a pacóvios.

Os pacóvios concentram-se na política de campanário, convencidos de que resolveremos os nossos problemas se cada qual cuidar do seu quintal. Os europeistas - não forçosamente entusiastas dos arranjos institucionais plasmados no Tratado de Lisboa - entendem que é preciso assumir projectos políticos europeus se quisermos sair da crise mais fortes do que nela entrámos.
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30.3.10

O melhor Sporting

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Schmeichel

Morais

Ricardo Rocha

André Cruz

Hilário

Paulo Sousa

Figo

Oliveira

C. Ronaldo

Jordão

Futre

(É uma chatice não haver lugar para o Carlos Gomes.)
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29.3.10

A gente de Passos Coelho

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A presença de Nogueira Leite e Teixeira da Cruz entre as cabeças pensantes sugere alguma seriedade da coisa. Mas, depois, a gente repara melhor e descobre que, no momento da vitória, ele estava rodeado de apoiantes de Menezes e, olhando bem, descobre até entre eles figuras gradas do santanismo.

Depois, há ainda a presença tutelar de Ângelo Correia, um dos poucos que restam da primeira hora do PPD. Como agora se diz quando não se quer deixar claro o que se diz, é complicado.

Vamos ter que esperar ainda um pouco pela votação para a direcção, então concluiremos quem é de facto a gente de Passos Coelho.
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Damos 5 € pela sua antiga líder

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Manuela Ferreira Leite foi uma espécie de bombista suicida que à perversidade do propósito juntou a incompetência da acção: não logrou destruir nada nem ninguém excepto a sua própria reputação.

Quando ganhou a Presidência, que agora abandona sem honra nem proveito, Pacheco Pereira anunciou que se acabara a oposição de casos e fait-divers. Depois, foi o que se viu, dois anos de política suja como não há memória no rectângulo.

Durante essa eternidade abusou da nossa paciência acumulando por regra na mesma frase asneira grossa com desprezo pela gramática. Só por caridade extrema fujo a qualificar o seu reinado com o epíteto apropriado que nestas circunstâncias decreta o dicionário.

Agora tem o PSD um líder novo e quase toda a gente quer acreditar que pior não poderá ser - um acto de fé digno de admiração tendo em conta o contínuo percurso descendente do partido ao longo da sua história.

Em que se distingue Passos Coelho? Alguns comentadores pretendem que é mais liberal, mas eu, que não partilho com eles a perspicácia, tenho dificuldade em entender em quê. Um elenco de propostas liberais atribuídas ao novo líder hoje publicado no Jornal de Negócios quase nada menciona que não exista já.

Para já, para já, Passos Coelho tem dois sérios problemas a resolver, um interno, outro externo. O primeiro é a regularização das relações com o PSD Madeira, que não deixará de ter um preço. O segundo, a recusa a respeitar a abstenção do seu partido na votação do PEC.

Renegar o PEC equivale a postergar qualquer possibilidade de derrube do actual governo num futuro próximo, visto que a eventualidade de as próximas eleições serem ganhas por um partido que recusa comprometer-se com um contrato internacional dessa relevância conduzirá imediatamente ao aumento da taxa de juro da dívida pública portuguesa.

Digamos que Passos Coelho tem de começar por desatar este nó.
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24.3.10

A guardadora de rebanhos

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Ao aproximar-se o final da 2ª Guerra Mundial, uma facção influente na adminstração americana sustentava a seguinte estratégia:

1. Os ingleses deveriam pagar até ao último cêntimo e sem bonificação de juros os empréstimos contraídos junto dos EUA para poderem travar a guerra contra as potências do Eixo.

2. A reconstrução económica da Europa deveria ser deixada ao cuidado dos europeus.

3. A desmilitarização da Alemanha seria assegurada pela interdição de qualquer actividade industrial. Os alemães deveriam dedicar-se em exclusivo à agricultura e à pastoriícia, ocupações mais indicadas para um povo tão dado à poesia e à música.

À medida que os aliados avançavam rumo a Berlim, cresciam a fome e a doença entre as populações civis na Alemanha. Alguns políticos americanos consideravam tratar-se de um castigo justo.

Felizmente, os exércitos começaram a tirar da sua boca os víveres que lhes escasseavam para minorarem o sofrimento das crianças e dos enfermos.

Rapidamente se criou a convicção de que a escolha era entre prosseguir o curso de brutalidade que vingara nas anteriores três décadas ou experimentar uma nova via de cooperação. Em resultado dos esforços de muita gente, foi possível instaurar-se uma ordem económica-financeira assente em dois pilares:

1. Criação do FMI para ajudar os países com défices persistentes a reequilibrarem as suas finanças.

2. Lançamento do Plano Marshall, uma audaciosa iniciativa destinada a financiar a reconstrução económica europeia.

Os do costume protestaram no Congresso e no Senado, argumentando que os contribuintes americanos não deveriam pagar os desastres causados pelo nazismo, mas o Presidente Truman levou a melhor.

O "sacrifício" que então os americanos fizeram tem algumas semelhanças com aquele que agora se sugere aos alemães. Os líderes sensatos entenderam na época que os EUA não teriam nada a ganhar com a ruína dos seus principais parceiros comerciais. A ajuda que optaram por lhes conceder asseguraram-lhes pelo menos 30 anos de prosperidade consistente.

A economia não é um jogo de soma zero. A cooperação comercial e financeira permite que, a longo prazo, todos ganhem.

Uma equilibrada combinação de interesse próprio e sentido de humanidade evitou ao mundo a continuação da bárbarie. Na altura, um punhado de grandes líderes entendeu isto e agiu em concordância. Parece infelizmente difícil esperar isto de Angela Merkel, dirigente do povo que, há 65 anos, outros queriam condenar a guardar cabras.
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23.3.10

O subsídio mais estúpido do mundo

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Miguel Lebre de Freitas, hoje, no Jornal de Negócios:
"O subsídio ao abate de veículos automóveis funciona como um subsídio à importação, um imposto ao mecânico, um apelo ao consumismo, um incentivo ao endividamento do sector privado. Aumenta o défice orçamental, discrimina em favor de um sector específico sem razão aparente e é dominado por outros instrumentos enquanto promotor da segurança rodoviária e da sustentabilidade ambiental. Trata-se, sem dúvida, do subsídio mais estúpido do mundo."
Só me espanta que uma imprensa hiper-crítica como a nossa seja tão tímida a criticar este colossal absurdo.
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22.3.10

A ruína do clericalismo

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Os sectores mais militantes da Igreja portuguesa levaram Salazar ao colo até à chefia do Governo e do Estado.

Uma vez cumprido esse desígnio, conseguiram muito menos do que esperavam e a Igreja ficou irremediavelmente comprometida com o regime, acompanhando-o fielmente no processo da sua progressiva ruína.

A partir do pontificado de João XXIII, viu-se envolvida no conflito do Estado Novo com o Vaticano e passou pela humilhação de ver núncios papais, bispos, padres e missionários serem censurados, vigiados, exilados, perseguidos e presos pelo regime com que se consorciara.

As patéticas condecorações concedidas por Paulo VI a dois dirigentes da PIDE na sua visita relâmpago a Portugal selaram esse patético curso de submissão e alienaram definitivamente uma geração de católicos abertos aos novos tempos.

Salazar e Cerejeira, dois clericalistas convictos, fizeram mais pela eficaz e definitiva liquidação do clericalismo em Portugal do que décadas de acirrada propaganda republicana.

Pensei nisto ao ler a biografia de Cerejeira há dias publicada pela Irene Pimentel. Ela que me perdoe se estas considerações lhe parecerem abusivas.
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21.3.10

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Madame Yevonde: Costureira no Verão, 1937.
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Que prémios ganham os gestores públicos?

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Temos ouvido nos últimos dias os comentários mais absurdos sobre os prémios dos gestores públicos. Desta vez, porém, estou inclinado a desculpar o Portas e o Louçã, porque é muito compreensível que se sintam confusos.

O que é um gestor público? A resposta é aparentemente fácil: alguém que administra uma empresa pública. Mas remete prontamente para uma outra mais difícil: o que é uma empresa pública?

Porque há empresas públicas propriamente ditas, sociedades anónimas de capitais exclusivamente públicos, sociedades anónimas em que o Estado detém uma participação maioritária e sociedades anónimas em que o Estado detém uma participação minoritária ou mesmo residual. A opinião pública não entende essas nuances, e talvez faça bem.

Poderiamos ao menos esperar que houvesse critérios simples e claros justificativos da adopção de uma ou outra forma empresarial, mas não é assim.

Ora vejam. A CP é uma empresa pública, mas a Carris é uma sociedade anónima. O Metro de Lisboa é uma empresa pública, mas o Metro do Porto é uma sociedade anónima. Os hospitais são empresas públicas, mas as administrações portuárias são sociedades anónimas.

A Caixa e a TAP são sociedades anónimas de capitais exclusivamente públicos, ao passo que a PT, a EDP e a Petrogal são sociedades anónimas onde o Estado apenas conserva uma golden share. A participação directa do Estado na REN também é minoritária, mas, juntando-lhe as suas participações indirectas através da Parpública e a Caixa, os privados ficam efectivamente em minoria.

Faz algum sentido chamar gestores públicos aos administradores da PT, da EDP ou da REN? Só no sentido em que são nomeados pelo Estado, dado que nada nos seus propósitos ou estratégias empresariais as aproximam das empresas públicas. Recentemente, ouvi um gestor da Caixa dizer na TV que ela é um banco como os outros.

Essa disparidade de formas empresariais tem consequências a vários níveis, incluindo o das remunerações dos seus gestores. Ficámos agora a saber que, na PT (para todos os efeitos uma empresa privada com participação estatal minoritária), são comuns vencimentos anuais de 1,5 milhões de euros; mas é preciso saber-se que os gestores de empresas públicas não chegam a ganhar sequer 10% disso.

A mesma disparidade de critérios ocorre em relação aos prémios. Nas empresas públicas tradicionalmente não há sequer bónus, embora a hipótese da sua introdução tenha vindo a ser discutida.

A principal conclusão a tirar disto tudo é que o sector empresarial do Estado é hoje uma trapalhada sem nome, criada ao longo dos anos por uma sucessão de decisões ad hoc tomadas ao saber das circunstâncias.
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20.3.10

O melhor Benfica

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Preudhomme

Ângelo

Ricardo Gomes

Humberto Coelho

Veloso

Paulo Sousa

Coluna

Rui Costa

Caniggia

Eusébio

Simões
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O melhor FC Porto

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Vítor Baía

João Pinto

Fernando Couto

Ricardo Carvalho

Branco

André

Oliveira

Deco

Madjer

Jardel

Futre
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Mais rock napolitano

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18.3.10

Revoadas de políticas

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Uma das coisas que mais me engalinham no PEC é a facilidade com que se concebem e disparam políticas definitivas que, nunca tendo sido objecto de discussão, não foram obviamente amadurecidas e ponderadas.

Um exemplo. A mim, não me faz espécie uma eventual privatização dos CTT, mas estranho que a decisão apareça assim caída do céu, como se fosse a coisa mais natural e inquestionável do Mundo.

Dir-se-ia que os espíritos dormem durante anos e depois, acossados por uma qualquer emergência, despertam para a vida e se ofuscam com a luz.

Há argumentos pró e contra, sabiam? Como em tudo, aliás.

A falta de dinheiro não é desculpa para se brincar às políticas.
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PEC e prestações sociais

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As despesas com os funcionários públicos passaram de 14,4% para 11,5% do PIB entre 2005 e 2008. A proporção relativa às transferências sociais cresceu no mesmo período de tempo de 18,5% para 21,9%.

A concretizar-se o cenário traçado no PEC, em 2013 as despesas com salários estarão nos 10% e os apoios sociais cairão ligeiramente para os 21,4%. Por outras palavras, as segundas serão o dobro das primeiras.

Esta evolução parece-me louvável. O propósito do Estado é cumprir funções sociais de diversa índole, não dar emprego a muita gente. Idealmente, não deveria empregar ninguém. Vá lá, talvez devesse haver uma vaga para Presidente da República.

Ao contrário do que se tem dito, a redução de 0,5 pontos percentuais em proporção do PIB não implica a redução em termos absolutos dos gastos sociais, apenas a sua contenção. Ainda assim, entendo que isso pode vir a revelar-se cruel para muitos dos que mais precisam.

De todas as alternativas propostas, só retenho como viável a aplicação imediata da taxação das mais-valias obtidas em bolsa. Segundo ouvi dizer, estima-se que poderá render já em 2010 qualquer coisa como 250 milhões de euros, o que compensará largamente as poupanças programadas para o RSI.

Ainda assim, não há dúvida que as prestações sociais não podem continuar a crescer ao ritmo dos últimos anos. Logo, permanece indispensável combater a fraude e tornar mais exigentes as condições de acesso.
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E a luz fez-se

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Sérgio Aníbal lê Martin Wolf e presta muita atenção ao que diz Christine Lagarde, mas nunca passou os olhos pelo que têm escrito Pedro Lains, João Rodrigues ou este vosso criado (aqui, por exemplo, ou no número de Março da edição portuguesa do Le Monde Diplomatique).

A saloice tem destas coisas.
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Tu Vuo' Fa' L'Americano

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O Rock n' Roll napolitano do Renato Carosone. Conheciam?
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12.3.10

Inopinadamente

O meu artigo desta semana no Jornal de Negócios trata, a bem dizer, do recente affair entre José Sócrates e Alberto João Jardim.

Estaria razoavelmente contente com ele se não tivesse cedido à tentação de usar a dado passo a palavra "inopinadamente", algo de que com algum embaraço me penitencio.

10.3.10

Grandes jogadas tácticas na história do FC Porto

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Robson estreia Aloísio a defesa esquerdo: Barcelona 3, Porto 0.

Oliveira estreia Costa a trinco: Manchester United 4, Porto 0.

Jesualdo estreia André Coelho a trinco: Arsenal 5, Porto 0.

Não sei se repararam que há aqui uma clara tendência de melhoria.
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4.3.10

"Neofeudal" system of "private corporate governments"

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Comentário de Thomas Frank a "Cornered: The New Monopoly Capitalism", o novo livro de Barry Lynn, repescado no Economist's View:

"...Barry C. Lynn's recent book ... arises directly from the old antitrust tradition, and it presents us with an amazing catalogue of present-day monopolies, oligopolies and economic combinations. Its subjects are, by definition, some of the largest and most powerful organizations in the world. And yet almost none of it was familiar to me.

"Mr. Lynn tells us, for example, about the power of single companies or small groups of companies over such disparate fields as eyeglasses, certain categories of pet food, washer-dryer sales, auto parts, many aspects of food processing, surfboards, medical syringes...

"Nor had I ever heard about what Mr. Lynn calls "the vitamin cartel," or the "nearly complete roll-up" of advertising agencies, or that the "key industrial legacy" of now-imprisoned business executive Dennis Kozlowski was a company "that specialized in forging monopolies over U.S. marketplaces for everything from catheters to fire sprinklers to clothes hangers," or that a recent management book encourages readers to see monopoly power as the main goal of business strategy.

"Mr. Lynn is a senior fellow at the New America Foundation in Washington; he first came to my attention with a memorable 2006 essay in Harper's Magazine in which he described the power Wal-Mart exerted over its suppliers...

"Mr. Lynn ... describes companies that swallow their rivals and then, with competitive pressure diminished, set about "destroying product variety and diversity." ... We learn of entire industries where competitors have grown so close to one another that a collapse at one company would probably bring down many of the others as well.

"This is, we are often reminded, a populist age, with fresh flare-ups of fury every time Wall Street bonuses hit the headlines. ...Mr. Lynn's anger at the Wall Street bailout, his fondness for small business, and his frequent homages to the nation's founders may seem superficially similar to the attitudes of the tea party protesters. But Mr. Lynn also takes pains to demonstrate that the economic "freedom" so beloved by the snake-flag set has actually yielded the opposite of freedom: a "neofeudal" system of "private corporate governments" answerable to no one. ..."
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2.3.10

Alerta aos pacóvios

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Como Helena Garrido hoje bem fez notar, quando o Reino Unido foi atingido, passou subitamente a fazer todo o sentido questionar-se a especulação contra países e o modo como funcionam os mercados de CDS.

Parece até - quem diria? - que há para aí uns bandidos a enriquecerem à custa da miséria dos povos!
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1.3.10

Lars von Trier faz campanha para o Turismo Dinamarquês

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Denmark Introduces Harrowing New Tourism Ads Directed By Lars Von Trier
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Querias?

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Helton, Bosingwa, Pepe, Bruno Alves, Cissokho, Paulo Assunção, Anderson, Diego, Lucho, Hulk, Lisandro.

Querias?
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