31.10.09

Pensamento frutuoso e cérebros mirrados

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Em Eton e Cambridge, Keynes estudou sobretudo literatura clássica, história e matemáticas. Na mesma época, dedicava também grande atenção às artes, principalmente à pintura e ao bailado.

Para ele, uma vida dedicada à arte estava à frente da investigação científica, e a investigação científica adiante da administração.

Maynard teve lições com Marshall, amigo de seu pai e economista como ele, e achou o tema muito fácil mas não excessivamente interessante. Nunca concluíu o curso de economia.

A sua tese de agregação versou sobre a filosofia da probabilidade. Dedicou em seguida quase duas décadas a transformá-la na sua primeira obra teórica de fôlego: A Treatise on Probability. As implicações dessas ideias para as teorias económicas que mais tarde o tornaram conhecido permanecem ainda hoje insuficientemente exploradas.

É algo confrangedor comparar os anos de formação de Keynes, de acentuada componente classicista e humanística, com o treino limitado e de vistas curtas a que hoje são submetidos os aspirantes a economistas, cujo inevitável resultado é a produção em série de intelectos anémicas e destituídos de imaginação.
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29.10.09

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28.10.09

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Será mais ou menos isto que eles irão efectuar

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Alguns bons conselhos de Medeiros Ferreira ao novo governo:
"Se este governo souber aproveitar bem a circinstância do PS só ter maioria relativa na AR, ainda poderá salvar o enervado consulado anterior. Consolidar as reduções na despesa, ir buscar mais receitas fora do mundo do trabalho, escolher e executar um plano de obras públicas menos teórico, dar mais atenção às escolas, calibrar melhor os sacrifícios pedidos aos funcionários públicos, e, sobretudo, dar garantias aos cidadãos que o Estado de Direito vigora no dia-a-dia, eis o que pode salvar o passado e lançar o PS para o futuro. O PS e o prestígio da esquerda moderna..."
Quase tudo ideias que me agradam, embora eu me incline para deixar em paz o "prestígio da esquerda moderna".
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23.10.09

Não esperem nada da Justiça

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Não quis Deus que eu fosse jurista, embora não me tivesse poupado a um bom número de cadeiras de direito quando estudei economia.

De modo que, sobre Justiça, eu sei o que toda a gente sabe (talvez de uma forma mais aguda), ou seja, para usar um eufemismo, que a dita não funciona.

Tenho prestado muita atenção aos infindos debates em torno ("em torno" é a palavra certa) do tema. São tão esclarecedores quando pretendem ser - não muito - porque quase nunca ninguém chega a ter tempo para dizer o que deve ser feito para efectivamente resolver o problema.

No meio de tanta dialéctica, concluí, mais pelo que escutei em privado do que pelo que se diz em público, que não há maneira de a coisa ir ao sítio enquanto não se reduzir a autonomia do poder judicial, que é como quem diz: enquanto os juízes não forem efectivamente responsabilidados pelos seus comportamentos por alguém descomprometido com a defesa dos interesses do grupo.

Por outras palavras: está tudo lixado, visto que jamais algum governo se atreverá a fazer algo que possa ser interpretado como uma tentativa de ingerência na esfera inviolável da Justiça e dos digníssimos magistrados.

As corporações sabem isso tão bem que não param de alimentar campanhas de suspeição contra o PM e outros membros do governo para manter viva a chama da liberdade de continuarem a espezinhar o país em defesa dos seus inaceitáveis privilégios.

De maneira que, enquanto não se resolve este assunto, talvez pudéssemos ao menos erguer uma estátua a essa grande mulher que é Maria de Lurdes Rodrigues.
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22.10.09

Estádios, sim. Implosão, sempre!

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Os mais atentos terão reparado que o turismo sofreu um novo impulso em Portugal de 2004 para cá, especialmente nos destinos menos tradicionais.

Qual terá sido a causa? Isso mesmo: o Euro 2004 proporcionou visibilidade acrescida ao país e estimulou o aumento da oferta hoteleira.

Agora, que Portugal e Espanha resolveram concorrer à organização do Mundial 2018, não há pateta encartado que não aproveite para recordar o drama dos estádios subutilizados.

De uma vez por todas, construir estádios para o Euro 2004 foi a forma mais barata e eficiente que se pode conceber de contribuir para atrair as atenções do mundo

Países relativamente desenvolvidos e de vocação turística como Portugal devem organizar continuamente pequenos, médios e grandes eventos de impacto mundial. Se não forem de futebol, poderá ser de bilhar às três tabelas, mas, nesse caso, precisaremos de fazer umas centenas por ano para alcançar o mesmo efeito.

Países desenvolvidos organizam eventos, países atrasados (como a Macedónia, por exemplo), fazem campanhas publicitárias na CNN.

É certo que alguns dos estádios construídos pouco foram utilizados posteriormente para acolher jogos de futebol. Uma hipótese seria dar-lhes outro uso: se se faziam batalhas navais no Coliseu de Roma, também deve ser possível fazê-las no Estádio do Algarve.

Outra hipótese, falhando as restantes, seria implodi-los, que é uma forma inteligente de eliminar custos de manutenção. O que interessa é que cumpriram a finalidade para que foram construídos ou recuperados, capisce?
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É bom ter feedback

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Confesso que estava ansioso por saber a opinião de Pedro Lains, provavelmente a única pessoa que seria capaz de me fazer mudar rapidamente de ideias sobre o assunto.
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Gosto

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21.10.09

O esplendor de Portugal

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Os portugueses vivem obcecados pelo confronto entre a mediania contemporânea e a suposta opulência do Portugal de quinhentos, o que em parte explica a frustração colectiva que nos avassala.

A indisputável aproximação à Europa Ocidental desde 1945 não pode contentar-nos, porque jamais aceitaremos menos que o primeiro lugar no concerto das nações, a que julgamos ter direito.

E se essa "grandeza" histórica nunca tivesse afinal existido? É esse o tema do meu artigo desta semana no Jornal de Negócios.
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19.10.09

Deflação na União Europeia

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A única reforma que

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O país não tem salvação. A bancarrota espera-nos ao virar da esquina. Estamos condenados ao empobrecimento gradual. O povo não quer trabalhar, só suspira por férias eternas nas Caraíbas. Os portugueses temem a liberdade, aspiram por autoridade e protecção estatal. O Estado faliu. O regime está podre.

É assombroso que um partido capaz de corajosamente assumir e dizer toda a verdade, por cada mais incómoda e assustadora que ela se afigure, recue perante a única indiscutível e quotidianamente confirmada: a única maneira de reformar o PSD é acabar de uma vez por todas com o PSD, essa mórbida patologia que o país arrasta consigo de há três décadas a esta parte.

Vá lá, um pouco de coragem, e verão que não custa nada. Daqui a uns anitos até vão rir-se desta fase difícil das vossas vidas.
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Liberalismo, sempre

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O Jornal de Negócios de hoje resolveu inquirir um conjunto de pessoas acerca da eventual alteração do regime de tributação das mais-valias bolsistas.

Seleccionei as justificações de três daquelas que se opõem à reforma:
Nogueira Leite: "Nós temos um país muito dependente do crédito bancário. Se vamos penalizar outras formas alternativas de financiamento como o recurso ao mercado de capitais, estamos a restringir ainda mais o acesso das empresas a financiamento."

Miguel Athayde: "Qualquer aumento de impostos sobre as mais-valias obtidas em Bolsa é um desincentivo ao investimento no mercado de capitais. Poderá provocar uma dimunuição na liquidez, que é fundamental para a valorização das acções e, consequentemente, das empresas."

Garcia dos Santos: "Uma medida destas tem sempre efeitos não muito positivos no mercado de capitais. Os pequenos investidores em acções e fundos serão os mais afectados, já que o rendimento será inferior."
Nogueira Leite e Miguel Athayde não poderiam ser mais claros: a eliminação do privilégio de que disfrutam os beneficiários de mais-valias prejudicará as empresas cotadas em Bolsa e as instituições financeiras envolvidas nesses negócios. Já o argumento de Garcia dos Santos, que invoca os interesses dos "pequenos" investidores, não tem ponta por onde se lhe pegue.

O curioso é que estamos habituados a ouvir estas mesmas pessoas pedirem regularmente a liberalização disto e daquilo e a eliminação de todas a espécie de subsídios declarados ou ocultos susceptíveis de distorcerem o livre funcionamento dos mercados.

Trata-se do conhecido liberalismo selectivo (ou interesseiro). O mercado é óptimo quando a desregulação retira direitos a quem já tem poucos, péssimo quando belisca os interesses dos poderosos.

Acresce que, neste caso, nem se pode dizer que a alteração proposta nos coloque numa situação desfavorável em termos comparativos, visto que a generalidade dos países da OCDE têm regimes menos generosos do que o nosso.

(Recordo que Nogueira Leite foi um apoiante da candidatura liberal de Passos Coelho à Presidência do PSD.)
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Grandes mistérios do Universo

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Estamos a 19 de Outubro. Mal surgiram ainda as primeiras nuvens, depois de semanas de um quase irritante céu azul e temperaturas acima dos 25º.

Na minha rua, foram já erguidas as estruturas sobre as quais vão ser colocadas as iluminações de Natal. Comove-me a capacidade de planeamento pelo município lisboeta. É bom sentirmo-nos entregues a gente tão previdente.

Esta será um cidade maravilhosa no dia em que idêntico empenho for colocado na pintura das passadeiras para peões e na limpeza dos jardins.
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Subsídios para a história da Marca Portugal

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15.10.09

Se ainda têm dúvidas de que socialismo triunfou em todo a linha, leiam isto

Eis as exigências do Partido Social-Democrata Alemão contidas no seu Programa de Gotha de 1875:

The Socialist Labor party of Germany demands as the foundation of the state:
1. Universal, equal and direct suffrage, with secret, obligatory voting by all citizens at all elections in state or community.
2. Direct legislation by the people. Decision as to peace or war by the people.
3. Common right to bear arms. Militia instead of the standing army.
4. Abolition of all laws of exception, especially all laws restricting the freedom of the press, of association and assemblage; above all, all laws restricting the freedom of public opinion, thought and investigation.
5. Legal judgment through the people. Gratuitous administration of law.
6. Universal and equal popular education by the state. Universal compulsory education. Free instruction in all forms of art. Declaration that religion is a private matter.
The Socialist Labor party of Germany demands within the present society:
1. The widest possible expansion of political rights and freedom according to the foregoing demands.
2. A progressive income tax for state and municipality instead of all those existing, especially in place of the indirect tax which burdens the people.
3. Unrestrained right of combination.
4. Shortening of the working day according to the needs of society. Abolition of Sunday labor.
5. Abolition of child labor and all female labor injurious to health and morality.
6. Protective laws for the life and health of the worker. Sanitary control of the homes of the workers. Supervision of the mines, factories, workshops and hand industries by an officer elected by the people. An effectual law of enforcement.
7. Regulation of prison labor.
8. Full autonomy in the management of all laborers' fraternal and mutual benefit funds.
Alguma reclamação?

O keynesianismo tem dias

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Escutem, isto é hilariante:
"Macroeconomics was born as a distinct field in the 1940s, as a part of the intellectual response to the Great Depression. The term then referred to the body of knowledge and expertise that we hoped would prevent the recurrence of that economic disaster. My thesis in this lecture is that macroeconomics in this original sense has succeeded: Its central problem of depression-prevention has been solved, for all practical purposes, and has in fact been solved for many decades." (Lucas, 2003, Presidential Address to the American Economics Association)

"The problem is that the new theories, the theories embedded in general equilibrium dynamics […] don’t let us think about the US experience in the 1930s or about financial crises and their consequences […] We may be disillusioned with the Keynesian apparatus for thinking about these things, but it doesn’t mean that this replacement apparatus can do it either." (Lucas, 2003, Keynote Address to the 2003 HOPE Conference, p. 23, underline added)
Conclusão do econoblog101, onde fui pescar esta citação: "You can only get away with [this] if you have a Nobel already."
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Poder sem responsabilidade

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Grandes incentivos ao sucesso não devidamente contrabalançados por penalizações credíveis do fracasso podem conduzir a decisões irresponsáveis cujas consequências negativas serão suportadas pela sociedade no seu conjunto e não pelos seus fautores.

Como o economista húngaro Janos Kornai recorda no blogue de Willem Buiter, esse é um ponto em que os gestores das grandes instituições financeiras capitalistas contemporâneas se comportam como os gestores das economias socialistas "de mercado" pós-1968.
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Explicações precisam-se

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Se esta história é o que parece, estaremos perante um flagrante caso de favoritismo e compadrio à custa dos trabalhadores e investidores da PT, sob o olhar complacente das autoridades reguladoras e do Estado.
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O Nobel e nós

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Paulo Trigo Pereira explica com concisão e clareza as contribuições de Williamson e Ostrom (os Nóbeis da Economia deste ano) e chama atenção para algumas consequências da perspectiva do primeiro para temas de alta relevância e actualidade em Portugal:
"Apesar de não ter sido muito explorado por Williamson, há uma aplicação importante da sua análise, nomeadamente no contexto português, que não queria deixar de realçar. Assistimos nos últimos anos a processos de desorçamentação significativos quer na administração central quer local. Quer na área hospitalar, onde muitos hospitais sairam das administrações públicas e são agora empresas, quer no sector rodoviário com a saída do Instituto Estradas de Portugal, IP e sua transformação em EP e agora SA (sociedade anónima). Ao nível local há também variados sectores que têm sido empresarializados. Aquilo para que a análise de Williamson chama a atenção, e que é frequentemente descurado por economistas, é que a opção pelo melhor arranjo institucional, não depende apenas da eficiência medida em termos de custos de produção. Depende também dos custos de transacção, associados à celebração de contratos incompletos de longo prazo a 20, 30 e mais anos. Nomeadamente no que toca às parcerias público-privadas a pouca “evidência empírica” existente sugere que este custos são muito significativos relativamente ao custo do investimento directo sobretudo em projectos de pequena e média dimensão."

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Para facilitar a vida aos historiadores vindouros

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Belo ensaio de história contemporânea do prodigioso Val:
"Nos finais de 2007 caíram dois pilares do sistema que os alimentava: BCP e BPN. As convulsões que ocorreram, e os receios que se antecipavam, explicam a aliança de Belém com a SONAE, de que o Público foi exuberante instrumento, já com caminho andado no assassinato de carácter. O primeiro semestre de 2008, o qual culminou com a manobra do bloqueio das transportadoras, foi um período onde se promoveu um ambiente catastrofista que tinha como finalidade fazer do Presidente da República o salvador da Pátria. Qual Açores, qual carapuça, o conflito entre Cavaco e Sócrates começa quando as figuras gradas do binómio banca-PSD se sentiram ameaçadas e perseguidas pelas autoridades, algures na viragem de 2007 para 2008. Como diz o outro: a senhora não é ingénua, eu também não."
E, na verdade, foi mesmo assim.
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14.10.09

The member

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"Com razão observam como esse órgão é independente, excitando-se muitas vezes inoportunamente e falhando noutras ocasiões; colocando-se em oposição directa à nossa vontade, recusando-se peremptoriamente a atender às nossas solicitações mentais ou físicas. Se, entretanto, tomassem como pretexto essa independência para condená-lo e me cumprisse defendê-lo, eu insinuaria caber parte da responsabilidade aos outros órgãos seus companheiros, os quais, invejando a sua importância e a sua agradável função, devem ter conspirado, sublevando toda a gente contra ele, imputando-lhe maldosamente uma culpa de que tampouco estão isentos."

Montaigne
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12.10.09

É extraordinário o que uma carinha laroca pode fazer por uma pessoa

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Os nossos jornalistas desportivos, todos gente muito séria, estavam alarmados com a possibilidade de os dinamarqueses facilitarem a vida aos vizinhos do Norte para prejudicarem a nossa nação valente.

De modo que constituí-me em comité de vigilância patriótica no sábado e eis o que apurei. Os dinamarqueses de facto não jogam nada: só sabem defender, passar a bola e marcar golos. Uma coisa primitiva.

Já que estava com a mão na massa e os olhos no visor, aproveitei para assistir pela primeira vez nesta fase de qualificação a um jogo dos nossos.

Ao cabo de dois anos de experiências, mesmo na hora H, o Queiroz desencantou finalmente uma jovem promessa capaz de desempenhar a contento as funções de médio defensivo.

Mas a ocorrência mais prometedora da jornada foi a lesão do Ronaldo. Com ele de fora, conseguimos finalmente ganhar à larguinha e até é possível que repitamos a graça na 4ª feira.

Oxalá não recupere a tempo do play-off. Valha-nos o bruxo.
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9.10.09

Nobel da Economia, o meu voto

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Suponho que Paul Romer seria este ano o Nobel da Economia mais consensual, e certamente um daqueles com quem, mercê das suas originalíssimas contribuições para a teoria do crescimento, mais temos a aprender.

Acresce que não só Romer tem um plano maluco para salvar o mundo, como decidiu mesmo há pouco despedir-se do seu confortável emprego na academia para poder dedicar-se a ele a tempo inteiro. Se ganhar o Nobel, vai falar-se muito do assunto; se não ganhar, falarei eu.

Em contrapartida, a premiação de Eugene Fama, o mais votado nalgumas apostas, seria, mais que um erro, um anacronismo, visto tratar-se de um dos mais proeminentes defensores e divulgadores da hipótese dos mercados eficientes, uma teoria mais errada do que útil cujos fundamentos têm sido especialmente criticados desde o início da presente crise.

Se fosse mesmo preciso premiar um propagador de ideias desacreditadas, eu escolheria antes Robert Barro, sobretudo pelo panache. Não se pode deixar de admirar um homem para quem o actual caos económico mundial não passa de uma ilusão de óptica.

Finalmente, começa a fazer-se sentir a falta de um Prémio Carreira que assegure o reconhecimento devido a grandes economistas como Baumol, Nordhaus, Baghwati ou Feldstein que, muito provavelmente, já não irão a tempo de receber o Nobel.

Disse.
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Calar

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Quando posto com frequência sobre isto e mais aquilo, não falta quem pense: "Quem julga este parvalhão que é?" Sei-o, porque alguns têm a franqueza de mo fazer sentir pelas mais diversas vias.

Ao invés, se me calo, há quem simpaticamente o lamente.

Aconselhável mesmo, para concitar simpatias e parecer sábio, é ter um blogue mas não escrever nele.
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O membro

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"The indocile liberty of this member is very remarkable, so importunately unruly in its timidity and impatience, when we do not require it, and so unseasonably disobedient when we stand most in need of it: so imperiously contesting in authority with the will, and with so much haughty obstinacy denying all solicitation, both of hand and mind. And yet, though his rebellion is so universally complained of, and that proof is thence deduced to condemn him, if he had, nevertheless, feed me to plead his cause, I should, peradventure, bring the rest of his fellow-members into suspicion of complotting this mischief against him, out of pure envy at the importance and pleasure especial to his employment."

Montaigne
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Só para lembrar como este gajo era bom

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7.10.09

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Isaac Cordal: Remembrance from nature.
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Requalificar o investimento

Robert Solow em entrevista ao MITNews:
"We have to expect consumer spending to be weak in our economy, not just for six months, but for the next few years. It will not be as strong a driving force as it has been the past several years. Something has to take its place. Government spending can't, since government will have a hard time financing the inevitable deficits and is not in a position to aggressively increase its deficit spending.

"That leaves two sources of expenditure to replace the pullback of consumers. One of those is net exports. That's a long story. The other is business investment. We need business investment to support the economy. We have every reason to want to divert our resources toward secure and renewable sources of energy, new materials and environmental improvement. It's our job, a place like MIT, to produce those new technologies, then it's the job of private industry to grab them, but I also think it's the job of the federal government to shift incentives, from incentives to consume more to incentives to invest more. Obama ran on this kind of platform, and if he can put some money behind that fundamentally correct view, he might generate something."
Eu diria que esta orientação é tão válida cá como lá.

Não saiam do vosso lugar, o filme ainda não acabou

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Visto aqui.
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