29.4.10

Os loucos gregos e os disciplinados alemães

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Pacóvios que bebem por uma palhinha tudo o que ouvem dizer concordam que os alemães não têm nada que pagar os desmandos dos gregos.

Embora não receba nada dos gregos pelo serviço (coisa que o Barroso, por exemplo, não pode afirmar em relação aos alemães), sempre quero lembrar que poucos países têm violado de forma tão sistemática as regras da UE como a Alemanha.

Para não irmos vasculhar num passado mais distante nem entrarmos em demasiados detalhes, no ano passado o governo alemão desrespeitou os compromissos do Mercado Único com as ajudas de emergência concedidas à sua indústria automóvel.

Não contente em intervir para impedir o encerramento da Opel, ainda condicionou a oferta do apoio estatal ao encerramento total ou parcial de fábricas dessa empresa na Bélgica, na Espanha e no Reino Unido.

Medidas proteccionistas deste tipo impactam pronta e directamente as economias e as exportações dos restantes países membros, agravando ao mesmo tempo os excedentes comerciais crónicos da Alemanha e os défices igualmente crónicos doutros países, designadamente o da Grécia.

Se o governo da Alemanha se arroga o direito de assim proceder, não terá de que queixar-se no dia em que é confrontado com as consequências dos seus actos. Disciplina alemã? Deixem-me rir.
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28.4.10

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Chardin.
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27.4.10

Os gregos foram enganados, os alemães também

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Se pudessem recorrer livremente ao FMI, os gregos conseguiriam empréstimos a taxas umas cinco vezes inferiores àquelas que estão a pagar. Como a União Europeia nem coisa nem sai de cima, a Grécia afunda-se num buraco.

A reacção dos mercados financeiros é, reconheça-se, inteiramente racional. As hesitações europeias criam condições para o agravamento do problema original, com o inevitável contágio a outros países da zona euro.

Se é tão difícil socorrer a Grécia, como será possível deitar a mão a Portugal e à Irlanda caso a situação se complique? E isto sem falar da Espanha, cujo défice comercial é, em termos absolutos, o segundo maior do mundo.

Não admira que alguns comentadores americanos, temendo o encarecimento dos juros que os EUA terão que pagar sobre a sua dívida externa, critiquem Obama por não pressionar uma intervenção rápida e decisiva do FMI sem depender mais dos humores de Ângela Merkel.

Quem injustificadamente supunha que o mundo financeiro pode colapsar com a falência do Lehman’s, mas não com o incumprimento da Grécia, teve hoje a resposta com todas as bolsas em queda. Não vale a pena enervarem-se, porque amanhã haverá mais.

É bonito Teixeira dos Santos exortar os portugueses a reagirem, mas o toque a rebate é deslocado. O que está em causa não é “os portugueses”, mas o seu governo, que teima em tratar os assuntos europeus como se relevassem da política externa, ou seja, como se estivéssemos fora e não dentro da UE e da zona euro.

O que "os portugueses" têm que fazer é pressionar uma intervenção rápida nas instituições europeias. Não entendo, aliás, como é possível que o nosso governo não tenha aproveitado estes últimos meses para concertar posições com a Espanha, a Grécia, a Irlanda e a Itália (que, em conjunto, representam mais de 1/3 da população da zona euro).

Os gregos foram enganados, ao imaginarem que, quando chegasse uma crise financeira séria, seriam apoiados pela Europa. Os alemães foram enganados, pois ninguém os avisou que o euro pressupõe solidariedade financeira.

Fracassou a ideia de que a construção europeia deve ser imposta de cima para baixo, pressionando a aprovação de políticas cujas consequências os governantes temem assumir abertamente. Agora, é o tudo ou nada.
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25.4.10

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Chardin
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Em louvor do vanguardismo estético

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Três vezes por ano, como que para cumprir calendário, os dirigentes máximos de um país notoriamente carente de um desígnio comum, são forçados a fingir que sabem o que é preciso fazer-se.

Os portugueses adoram cerimónias, mas são maus a organizar cerimónias. Adoram retórica, mas são péssimos em retórica. Dão-se mal com o pensamento estruturado e racional – mas neste ponto, ao menos, o resultado não diverge do propósito.

O Presidente da República iniciou o seu discurso de hoje apontando muito justamente a crescente desigualdade como o problema número um do país, mas acabou propondo o “vanguardismo estético” e outras panaceias um tanto pírulas copiadas de revistas internacionais como a via justa.

Poucos observadores – disso podemos estar certos – notarão a contradição. Ninguém exige coerência entre o diagnóstico e o propósito, nem espera que ele se traduza em acção consistente.

Qualquer emaranhado de lugares comuns e intenções piedosas passa entre nós por diagnóstico aceitável. O que excita o público é “as medidas”, mesmo que nulamente fundamentadas, ou seja, mesmo que permaneça misterioso o modo como contribuirão para a resolução dos problemas identificados.

António Vieira, uma notável excepção à regra da nossa medíocre oratória, acreditava que “um sermão deve ter um só assunto, uma só matéria, um só tema”. Falar alguém de tudo e mais umas botas é a prova mais evidente que não tem nada de substancial para nos dizer.
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23.4.10

Dia mau para a democracia

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"Olhe, finalmente lá chegou o Economist", diz-me o homem do quiosque, "não percebo porque é que esta semana as revistas estrangeiras se atrasaram tanto."

Ganha a vida a vender jornais e revistas, mas nem ele nem aqueles que o rodeiam, incluindo quem vem entregar-lhos, são capazes de entender o que se passa no pequeno mundo profissional que habitam.

Não vê televisão? Não sabe que durante uma semana não houve aviões? Talvez saiba, mas porventura nunca lhe terá passado pela cabeça que as revistas possam vir de avião. Se calhar, nunca sequer teve curiosidade de perguntar-se como é que elas cá chegam.

Este homem não percebe nada de nada do que se passa à sua volta. A informação que atravessa instantaneamente o mundo passa-lhe literalmente por cima da cabeça.

Jesus. Quando um homem se põe a pensar.
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19.4.10

O corno manso

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Há escassos dias, António Mexia explicou que, se os vencimentos e prémios que ganha são tão altos, é porque os accionistas assim decidiram. Por muito que lhe isso desagrade, não lhe resta senão resignar-se.

Mas eis que, na 5ª feira, um dos principais accionistas da EDP (mais precisamente o Estado) não conseguiu sequer incluir na ordem de trabalhos a sua proposta de congelamento temporário dos prémios dos gestores.

Parece assim confirmar-se que a opinião dos accionistas – incluindo alguns dos maiores – dificilmente consegue fazer-se ouvir, quando mais impor-se.

Serão de facto os accionistas quem fixa os vencimentos dos gestores? Não propriamente. As remunerações dos corpos gerentes são usualmente determinadas por uma comissão de vencimentos, de modo que a questão deveria antes ser: quem nomeia os membros dessa comissão? Igualmente relevante seria descobrir quem nomeia os presidentes das assembleias gerais que recusam admitir à discussão a redução ou o congelamento dos prémios dos gestores.

Esgravatando um pouco o assunto, descobre-se que, nas grandes sociedades anónimas, quem manda é de facto um reduzido núcleo de poder envolvendo um ínfimo número de accionistas detentores de posições de controlo, mancomunado com os homens de mão que a si associam para controlarem a marcha dos acontecimentos no dia a dia.

Estas pessoas não só fixam os vencimentos e os prémios dos gestores, como também nomeiam as administrações não-executivas, os conselhos de gestão, as mesas das assembleias de sócios, os conselhos fiscais, as comissões de remunerações, os directores de topo e, em geral todos os cargos influentes e bem pagos.

Em muitas das nossas maiores empresas, esses lugares são distribuídos pelos familiares dos maiores accionistas, como, tantas vezes, os seus apelidos tornam evidente. Além disso, servem-se ainda do poder que detêm para recrutar vastas clientelas de quadros superiores e intermédios e para seleccionarem fornecedores dos mais diversos bens e serviços em condições de favor.

Esta breve descrição não esgota as formas através das quais um pequeno número de accionistas dispõe em seu favor do património que é propriedade nominal de milhares ou dezenas de milhares de pessoas e de que, afinal, eles não possuem mais do que uma fracção, por vezes mínima.

Em tudo isto, a grande massa dos accionistas não é tida nem achada. Os vencimentos e prémios dos gestores são na verdade atribuídos por aqueles poucos accionistas a quem eles prestam serviços e retribuem favores. Em tudo isto, cabe apenas ao Estado o papel do corno manso.

Estamos entendidos?
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15.4.10

Deus é grande

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John Kay no Financial Times desta 4ª feira:
"The standard approach [to economics] has the appearance of science in its ability to generate clear predictions from a small number of axioms. But only the appearance, since these predictions are mostly false. The environment actually faced by investors and economic policymakers is one in which actions do depend on beliefs and perceptions, must deal with uncertainty and are the product of a social context. There is no universal economic theory, and new economic thinking must necessarily be eclectic. That insight is Keynes’s greatest legacy."
Não esperem que as escolas de economia corrijam os seus erros após o naufrágio dos últimos anos. A ciência lúgubre tornou-se num ramo da teologia. Deus - ou seja, o mercado - é grande, e está tudo dito.
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14.4.10

Vamos lá meter os pobres na ordem



Após as guerras napoleónicas, o número de desempregados cresceu tanto em Inglaterra que, para diminuir as despesas suportadas pelas paróquias com o sustento dos pobres, estes passaram a ser obrigados a prestar serviço em casas de trabalho (workhouses).

Como, mesmo assim, um número crescente de indigentes recorresse às poor houses para obter meios de subsistência, as condições de vida e de trabalho foram deliberadamente tornadas tão cruéis e humilhantes quanto possível. O sistema só foi definitivamente abolido em 1948 pelo Governo Trabalhista, ao criar um sistema de Segurança Social.

O Dr. Passos Coelho parece ter em mente algo semelhante e igualmente motivado pela preocupação de obrigar os desempregados a assumirem uma atitude de maior responsabilidade quando vem propor que quem recebe prestações sociais seja obrigado a prestar trabalho gratuito ao serviço da comunidade.

Felizmente para ele, Passos Coelho nunca terá estado desempregado. Mas, se conhecer alguém que já se tenha encontrado nessas circunstâncias, poderá conhecer de viva voz as humilhações a que as pessoas presentemente são submetidas para conseguirem receber o competente subsídio.

A fraude combate-se com fiscalização, não com humilhação e trabalho escravo.

Se os sociais-democratas que acompanham o Dr. Passos Coelho apreciam as instituições britânicas, eu pedir-lhes-ia que procurem imitar as de hoje, não as do início do século XIX.
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Não tão aleatório como possa parecer

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Primeiro falou-se de Mário Lino, em seguida de Luís Palha, mas, no final, o ungido foi Castro Guerra. E por que não antes Carlos Queirós à frente da Cimpor? Não só tem boa presença como enerva muita gente na selecção nacional.

Ao que parece, o currículo do nomeado – professor e funcionário público toda a vida, com passagem pelo governo, que, até hoje, nunca assumira responsabilidades de gestão – foi de todo irrelevante. Poderemos daqui inferior que, por pressão política, foi colocado um incompetente na direcção da nossa maior cimenteira?

Um raciocínio alternativo sugere conclusão distinta. Talvez a administração de uma grande burocracia empresarial como a Cimpor, com um mercado e tecnologias consolidadas não exija especiais competências técnicas – para isso estarão lá outras pessoas.

O que os principais accionistas de uma Cimpor, de uma EDP ou mesmo de uma Caixa antes de mais querem é gente de confiança e bem relacionada, pois é disso que se necessita em actividades deste tipo. É isso que procuram e é isso que remuneram, tanto em empresas públicas como privadas, aqui e em qualquer parte do mundo.
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7.4.10

Fantasia, empreendedorismo e desenvolvimento

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O meu artigo de hoje no Jornal de Negócios conta uma estória de piratas.
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Não confundam a Srª Merkel

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Escreveu Wolfgang Munchau no Financial Times:
"There have only ever been two intellectually honest views about economic and monetary union. The first is that it could not work, as it would eventually produce a situation in which a country’s national interest conflicts with the interest of the monetary union at large. The second is that it could work, but only for as long as member states are ready to co-ordinate economic policy in the short run, and move towards a minimally sufficient fiscal union in the long run. The message from the EU, and from Germany in particular, is that the latter has now been ruled out."
Não confundam a Srª Merkel, ela tem eleições regionais no princípios de Maio.
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6.4.10

O preço de um homem

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Quem estas linhas escreve não só não se sente pessoalmente incomodado com a riqueza dos seus semelhantes como tende a olhar com comiseração aqueles que tomam como objectivo de vida a acumulação de colossais fortunas.

Dito isto, concordo haver bons argumentos contra a atribuição de remunerações tão exageradas como as auferidas por um alguns gestores de grandes empresas portuguesas.

O primeiro é de índole puramente económica: não vejo como podem justificar-se rendimentos trezentas a quatrocentas vezes superiores ao salário mínimo com base na produtividade diferencial dos diversos tipos de trabalho.

O segundo, que vai na mesma linha, sustenta que isso só é possível mercê da usupação por um pequeno núcleo de indivíduos do poder que deveria estar nas mãos da maioria dos accionistas.

O terceiro, pouco ouvido na actual conjuntura ideológica, faz notar o enorme poder de influência política e social que vencimentos milionários suficientes para avençar um pequeno exército de jornalistas proporciona aos seus titulares.

A estes três acrescentaria eu um outro pelo menos tão decisivo e que resumirei afirmando não ser do interesse dos proprietários de uma empresa confiarem a condução dos seus destinos a gente que se destaca pela sua particular ganância.

Uma abundante literatura de investigação demonstra que os melhores gestores são pessoas apaixonadas pelo seu trabalho ao ponto de o assumirem, com razão ou sem ela, como uma contribuição decisiva para a melhoria da sociedade num ou noutro aspecto.

As empresas mais lucrativas não são as excessivamente focalizadas no lucro, mas as movidas por uma paixão. Os gestores que melhores resultados produzem não são os que se motivam por prémios, mas os que assumem com entusiasmo as suas responsabilidades e se esforçam por comunicá-lo àqueles que com eles trabalham.

De gestores obcecados pela riqueza superlativa podemos esperar que não respeitem os direitos dos clientes, dos colaboradores, dos investidores e da comunidade em geral e que, sempre que a ocasião se proporcione, não percam uma oportunidade de iludir a boa fé de quem neles depositou confiança.

Como argumento contra os grandes vencimentos, parece-me que chega e sobra.
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5.4.10

Portugal outra vez entre os piores

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Mapa-mundi dos países decadentes onde são proibidos os castigos corporais sobre as crianças.
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1.4.10

O melhor Vitória de Setúbal

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Meszaros

Paulo Ferreira

Ricardo Carvalho

Jorge de Sena

Cissokho

Octávio

Jaime Graça

Diamantino

Vítor Baptista

Torres

Jacinto João
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A Europa ainda existe?

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Pode-se aceitar que o PEC apresentado pelo governo em Bruxelas seja uma necessidade imposta pela necessidade de impedir o drástico encarecimento do financiamento externo da dívida pública e, em geral, da economia portuguesa. Sendo os arranjos institucionais europeus o que são, a margem de manobra não é grande.

Mas é descabido acreditar-se que o PEC resolve o problema de fundo. Não só não o resolve, como complica a sua resolução.

A crise mundial determinou a quebra das exportações e do investimento, vazio em parte preenchido por políticas públicas dirigidas à sustentação da procura interna que provocaram directamente o crescimento do défice do Estado português.

Só poderiamos retirar confiantemente os estímulos públicos se as exportações e o investimento privado crescessem. Mas a política financeira e monetária europeia, obcecada com a inflação e os défices estatais, encarrega-se de garantir que, tão cedo, isso não acontecerá.

Paradoxalmente, quando mais se insistir na redução drástica e simultânea das necessidades de financiamento de todos os Estados europeus, menos provável é que isso venha a acontecer. Inclino-me, pois, a prever que a Europa não progredirá em 2010 nem no plano do crescimento, nem no do saneamento das finanças públicas.

A perigosa confusão entre política financeira e política económica acabará por ter que ser reconhecida, telvez tarde demais. Para já, impressiona a passividade do governo português ao nível de iniciativas internas destinadas a impulsionar o desenvolvimento. Tal como impressiona o silêncio do Parlamento Europeu no meio desta crise profunda.

A Europa ainda existe?
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O melhor Belenenses

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José Pereira

Pietra

Rolando

José António

Vicente

Emerson

Scopelli

Pepe

Yaúca

Mladenov

Matateu

(Ao contrário dos casos anteriores, tive qua incluir futebolistas que obviamente nunca vi jogar - Scopelli, Pepe e Matateu - para a equipa ficar melhorzinha.)
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