Para começar, duas precisões:
1. Por razões profissionais e familiares, creio estar bastante melhor informado sobre os projectos da Ota e do TGV do que o cidadão comum. Em geral, sempre me senti inclinado a aprová-los, o que não me impediu de ter dúvidas e de ser sensível aos argumentos contrários.
2. Apesar dessa inclinação geral, não apreciei o modo como em Julho o Governo anunciou a sua decisão, e disse-o imediatamente. Foi por isso que apoiei com todo a naturalidade o movimento iniciado pelo Paulo Gorjão exigindo não só a divulgação de todos os estudos preparatórios como ainda uma fundamentação rigorosa da decisão tomada.
Por mim, considerando tudo o que se escreveu e disse sobre o tema da Ota na última semana, creio que as explicações dadas pelo Governo esclareceram adequadamente as principais questões levantadas pela opinião pública. Naturalmente, admito que outras pessoas pensem de outro modo. Todavia, quer-me parecer que muitos peremptórios opinadores, entre os quais é forçoso incluir Miguel Beleza, Carmona Rodrigues, Marques Mendes, António Borges, Cavaco Silva e tantos outros falaram de mais do que não sabiam e deveriam agora retratar-se.
Globalmente, temos razões para estar satisfeitos, pois os blogues desempenharam um notável papel de dinamização da opinião pública. O amplo debate que rodeou o projecto da Ota só pecou por tardio, mas é um sinal seguro de que estamos a progredir em matéria de maturidade democrática.
Como hoje bem recorda o Paulo, talvez fosse de aproveitar o balanço e discutir também a sério a anunciada entrada da TAP no capital da Varig...
29.11.05
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