Como se sabe, os portugueses não gostam de políticos. Ainda assim, votaram nada menos que cinco, dos quais três déspotas mais ou menos alumiados, para a lista final dos Grandes Portugueses.
Acresce que, não sendo embora político profissional (mas Salazar também rejeitaria esse epíteto), Aristides de Sousa Mendes se destacou, e bem, por atitudes que, sendo antes de mais humanitárias, não deixaram de ser políticas.
E Vasco da Gama, que era ele senão o representante de El-Rei à frente da esquadra que rumou à Índia, dado que nada percebia de navegação propriamente dita?
Temos por fim o caso do Infante, que, como é sabido, fez fortuna com um pé na actividade empresarial e outro na alta política.
De modo que sobram apenas dois futricas autênticos nesta lista: Camões e Pessoa. E, não sendo politicos, que poderiam eles ser? Ora, poetas...
16.1.07
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