A única coisa boa na actual situação iraquiana é que os países vizinhos estão cada dia que passa mais assustados com ela. Isso inclui a Síria e o Irão, evidentemente, mas também a Turquia, o Líbano, a Jordânia, a Arábia Saudita e os estados do Golfo.
Logo, a Síria e o Irão têm um interesse estratégico em ajudar a resolver o problema.
Ou melhor: teriam esse interesse, se acreditassem que os EUA estão de partida.
De facto, enquanto os EUA permanecerem, duas coisas acontecerão:
1. Os múltiplos conflitos que dividem o Iraque tenderão a polarizar-se em torno da questão da ocupação americana, mesmo tratando-se de um mero pretexto.
2. Existirá um risco sério de que o governo americano opte por alargar o conflito atacando o Irão ou a Síria.
Eis então o que os EUA deveriam fazer para desatar o nó:
1. Anunciar imediata e unilateralmente a retirada integral de todas as suas tropas até ao final de 2008.
2. Convidar a ONU a convocar uma conferência para a paz com a participação de todos os países da zona.
Assim se criariam simultaneamente as condições e a pressão necessárias para um envolvimento da Síria e do Irão nos esforços de pacificação do Iraque. Como é evidente, o êxito dessa conferência ficaria dependente de se encontrar uma solução duradoura para o conflito israelo-palestiniano.
13.1.07
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