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Será verdade que os jovens de hoje serão a primeira geração da história que vai viver pior do que os seus pais?
Acredito que um médico filho de um médico ou um advogado filho de um advogado dificilmente alcançará o nível de vida dos seus pais. Pela simples razão de que, não tendo a procura de médicos e advogados crescido tão depressa quando a oferta, as respectivas competências sofreram uma desvalorização relativa, bem notória no facto de essas e outras profissões qualificadas terem perdido algo do seu prestígio social.
Acontece, porém, que a grande maioria dos novos licenciados não são filhos de gente com estudos. Bem pelo contrário, nasceram e cresceram em famílias de pequenos funcionários, empregados administrativos, comerciantes ou mesmo, em muitos casos, trabalhadores da indústria e da agricultura.
Ora, não pode haver dúvidas de que estes viverão muito melhor que os seus pais. Trata-se, aliás, de um facto de mera observação, sem necessidade de comprovação estatística, para qualquer pessoa que ande por cá há algum tempo e tenha uma moderada preferência por abrir os olhos à realidade.
Mas quem só acredita em números pode mais uma vez ir aqui para verificar que os jovens de hoje ganham em termos reais 10% mais do que os jovens de há uma dúzia de anos.
Gaita, como é que certas pessoas têm imaginação para inventar tanta treta?
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1 comentário:
É a atracção pelo umbigo, se calhar os filhos dos que fazem a opinião publicada, à semelhança talvez dos filhos dos médicos e dos advogados, não vão viver tão bem como os pais. Ou melhor, não se vão destacar tanto da média como os seus pais se destacaram mas mesmo assim vão usufruir de um conjunto de aparelhos para lhes facilitar a vida e de conhecimentos e técnicas para lhes melhorar a saúde a que os pais só tiveram acesso muito tarde.
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