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Se Villas-Boas fracassar no Chelsea, toda a gente dirá que a sua grande temporada no Porto foi um golpe de sorte. Dificilmente será pretendido por outro grande clube.
Imaginemos, porém, que ficava no Porto mais uma temporada, voltava a ser campeão nacional e chegava aos quartos de final da Liga dos Campeões, o que é quase tão difícil como ganhar a Liga Europa.
Seria de novo requestado por clubes importantes e, se falhasse, seria muito mais difícil culpá-lo a ele do fracasso. As pessoas concluiriam, se ele se mudasse então para o Chelsea e as coisas corresem mal, que ninguém pode fazer um trabalho sério com aquele presidente. Sem problemas, seguiria dali para o Milan, ou a Juve, ou o Lyon.
Terá Villas-Boas feito bem em aceitar a proposta do Chelsea? É facto que lhe pagam 5 milhões por temporada, mas, se a próxima época voltasse a correr-lhe bem no Porto, seria natural que aparecessem mais clubes dispostos a oferecer-lhe mais dinheiro.
Aparentemente, Villas-Boas não está seguro de valer aquilo que lhe vão pagar, doutro modo optaria por adiar a saída do Porto. Ou, então, estará consciente de que circunstâncias fortuitas independentes do mérito podem arruinar o trabalho do mais capaz treinador.
Como avaliar as probabilidades de tais ciscunstâncias? Não se pode, pois não se trata de um risco calculável, mas de uma incerteza radical.
No lugar de Villas-Boas, é possível que Mourinho tomasse a opção inversa. Mas, ao contrário dele, Villas-Boas não é um aventureiro.
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27.6.11
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