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O CDS está desde a formação do governo com um pé dentro e um pé fora dele. Portas pouco se vê e figuras gradas do partido aproveitam qualquer oportunidade para se demarcarem do seu parceiro de coligação.
Se, como é previsível, as coisas correrem mal, o CDS terá sempre interesse em romper a coligação antes do final da legislatura, deixando Passos e o PSD apeados.
Cavaco, um sujeito acima de tudo rancoroso e egocêntrico, não perdoa a Passos sabe-se lá o quê. Já se viu que estará sempre disponível para tirar o tapete ao governo sempre que isso lhe convenha.
O Presidente quer comandar o executivo, por isso não se coíbe de embaraçar o primeiro-ministro com pronunciamentos deslocados e intempestivos.
Suspeito que não descansará enquanto não conseguir forçar a constituição de um governo de sua iniciativa chefiado por Catroga ou Ferreira Leite e suportado por uma ampla coligação que vá do PS ao CDS.
A conversa mole de Seguro convém sobremaneira a esta estratégia. O modo como o PS votará este orçamento será também a este propósito significativo.
Daqui a um ano, com o país em cacos, Gaspar estará de volta ao BCE e Passos à gestão de lixos.
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20.10.11
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