Dani Rodrik, um economista turco cujas ideias deveriam ser mais conhecidas, sustenta no seu último livro The Globalization Paradox com grande soma de argumentos uma tese tão controversa como decisiva para o futuro de todos nós: não é possível termos ao mesmo tempo globalização, estado-nação e democracia.
Podemos ter simultaneamente duas dessas coisas – globalização e estado-nação, estado-nação e democracia ou globalização e democracia – mas nunca as três.
Se Rodrik estiver certo – e tendo a pensar que está – as nossas posições políticas caracterizar-se-ão principalmente por aquilo que nos resignarmos a dispensar.
Se me tivessem perguntado há dez anos, teria optado por conservar a democracia e a globalização, aceitando o progressivo desaparecimento do estado-nação. Agora porém, creio que mais depressa prescindiria da globalização para guardar a democracia e o estado-nação.
10.11.11
E tu, que escolha farias?
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1 comentário:
Caro JPC,
Para nós, ocidentais, a globalização seria a reprodução à escala global do estado de direito democrático. Só que isso não é possível. É uma utopia. Os europeus precisaram de mais de mil anos de guerras para compreenderem a necessidade de a começarem a construir entre eles. Mesmo assim, está-se a ver no que dá.
Deitaria fora também a globalização, até porque ela não existe tal e qual a fomos idealizando nas duas últimas décadas.
Cumprimentos.
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