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As reações económicas e políticas ao anúncio de um referendo na Grécia provam quatro coisas:
1. A ideia do acordo da semana passada não era de facto perdoar 50% da dívida aos gregos, mas garantir 50% do seu pagamento aos bancos. Com o acordo em suspenso, desceu de pronto a cotação das suas ações.
2. Não é só o governo alemão que tem o direito de se preocupar com a sua opinião pública. Mesmo correndo enormes riscos, são os gregos que mandam na sua terra e é perante eles que o seu governo responde.
3. Mesmo os países em grandes dificuldades dispõem sempre de alguma margem de manobra negocial. Neste momento, tornou-se óbvio que o problema é tanto dos devedores como dos credores, visto que tanto uns como outros cometeram erros de avaliação de risco. Em última análise, ambas as partes terão que ceder alguma coisa.
4. Quando a força se torna a única linguagem reconhecida nas relações internacionais, cada qual usa os trunfos de que dispõe, tendo em vista a maximização do efeito pretendido, quando julga mais apropriado.
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1.11.11
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1 comentário:
Vamos imaginar que os gregos perceberam que a única saída possível é a saída do Euro.
Não seria esta a forma ideal para começar o processo?
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