Fitzgerald mostra que as duas fontes assentam em pressupostos muito diferentes no que respeita, por exemplo, ao deflator usado, ao tipo de trabalhadores cobertos e ao que é incluído nos salários analisados.
Tudo isto está muito certo, e é desejável que a discussão aprofundada do tema permita esclarecer o que verdadeiramente se passa. Desde já, porém, é possível notar o seguinte:
a) "O que verdeiramente se passa" é usualmente mais complexo do que um indicador singular, por muito perfeito que seja, permite descrever.
b) Devemos desconfiar do modo simplista como tantas vezes os falsos especialistas pretendem obrigar-nos a tirar conclusões de dados estatísticos cujo significado e métodos de recolha e tratamento não entendem.
c) Em Economia, como noutras ciências, os factos disponíveis são eles próprios produzidos com o auxílio de teorias auxiliares cuja validade pode e deve ser também sujeita a escrutínio.
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