São onze e meia da noite. Na SIC Notícias, uma luzida companhia analisa com o ar mais sério deste mundo a arbitragem do jogo que terá lugar dentro de duas semanas em Camp Nou. Tendo em conta que está em causa o Benfica, essa realidade fantasmática cuja grandeza se alimenta de jogos que não serão jogados, de jogadores que nunca serão contratados e de golos que jamais serão marcados, não há nisto nada de estranho.
Não vi o desafio desta noite. Fico a saber que o árbitro terá deixado por marcar um penalty contra o Barcelona. (Só um? Pelos padrões habituais quando há jogo na Luz, parece-me coisa pouca.) A confirmar-se o erro do juiz, não duvido que ele estava comprado pelo SLB. É que nada, absolutamente nada, gera tão esfuziante alegria por aquelas bandas como um eventual penalty não assinalado. Remoer pérfidas arbitragens ou imaginar sórdidas conspirações é o maior prazer que o futebol encerra para os da águia ao peito.
Depois desta real ou imaginária espoliação, o Benfica já pode ser eliminado da Liga dos Campeões com a satisfação do dever cumprido - e, enfim, descansar em paz.
29.3.06
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