
Em Eton e Cambridge, Keynes estudou sobretudo literatura clássica, história e matemáticas. Na mesma época, dedicava também grande atenção às artes, principalmente à pintura e ao bailado.
Para ele, uma vida dedicada à arte estava à frente da investigação científica, e a investigação científica adiante da administração.
Maynard teve lições com Marshall, amigo de seu pai e economista como ele, e achou o tema muito fácil mas não excessivamente interessante. Nunca concluíu o curso de economia.
A sua tese de agregação versou sobre a filosofia da probabilidade. Dedicou em seguida quase duas décadas a transformá-la na sua primeira obra teórica de fôlego: A Treatise on Probability. As implicações dessas ideias para as teorias económicas que mais tarde o tornaram conhecido permanecem ainda hoje insuficientemente exploradas.
É algo confrangedor comparar os anos de formação de Keynes, de acentuada componente classicista e humanística, com o treino limitado e de vistas curtas a que hoje são submetidos os aspirantes a economistas, cujo inevitável resultado é a produção em série de intelectos anémicas e destituídos de imaginação.
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