9.10.09

Nobel da Economia, o meu voto

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Suponho que Paul Romer seria este ano o Nobel da Economia mais consensual, e certamente um daqueles com quem, mercê das suas originalíssimas contribuições para a teoria do crescimento, mais temos a aprender.

Acresce que não só Romer tem um plano maluco para salvar o mundo, como decidiu mesmo há pouco despedir-se do seu confortável emprego na academia para poder dedicar-se a ele a tempo inteiro. Se ganhar o Nobel, vai falar-se muito do assunto; se não ganhar, falarei eu.

Em contrapartida, a premiação de Eugene Fama, o mais votado nalgumas apostas, seria, mais que um erro, um anacronismo, visto tratar-se de um dos mais proeminentes defensores e divulgadores da hipótese dos mercados eficientes, uma teoria mais errada do que útil cujos fundamentos têm sido especialmente criticados desde o início da presente crise.

Se fosse mesmo preciso premiar um propagador de ideias desacreditadas, eu escolheria antes Robert Barro, sobretudo pelo panache. Não se pode deixar de admirar um homem para quem o actual caos económico mundial não passa de uma ilusão de óptica.

Finalmente, começa a fazer-se sentir a falta de um Prémio Carreira que assegure o reconhecimento devido a grandes economistas como Baumol, Nordhaus, Baghwati ou Feldstein que, muito provavelmente, já não irão a tempo de receber o Nobel.

Disse.
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