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Aumenta o número de pessoas que se perguntam para que serve a greve geral à medida que se aproxima o dia 24 de Novembro.
Seria um colossal desperdício de energias se se tratasse apenas de uma acção de protesto.
Será seu objectivo forçar uma inflexão das actuais políticas financeiras? Ninguém acredita que isso seja nas actuais circunstâncias viável. Pretende derrubar o governo? E aquele que eventualmente se lhe seguisse faria diferente, para já não dizer melhor?
A nossa política financeira (e parte da económica) é hoje ditada pelo Banco Central Europeu, pelo Ecofin e pela Comissão Europeia, quando não directamente por Angela Merkel e Wolfgang Schaube.
Esse governo efectivo da União Europeia tem duas características centrais: não possui qualquer mandato popular para tomar as decisões que toma; e aplica a política do Partido Popular Europeu, a que pertencem o PSD e os partidos no poder numa larga maioria de países europeus.
Logo, para a greve geral ter sentido, deveria denunciar a usurpação do poder económico-financeiro na UE por instâncias democraticamente irresponsáveis e inscrever no topo das suas exigências a reforma da governação da zona euro.
Abaixo o governo do Partido Popular Europeu!
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10.11.10
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2 comentários:
Aplaudo de pé: Clap, clap, clap!
Sim, a greve geral será mais útil se reivindicar a instauração duma democracia, ao menos formal, no espaço europeu.
Mas terá também outra utilidade: a de dar a saber aos governos que os povos também têm meios de enviar mensagens aos "mercados".
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