11.12.11

Não se deve abusar da credulidade da juventude

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Este post de Greg Mankiw, suscitado pelo movimento de contestação da economia ensinada em Harvard pelos estudantes dessa universidade, parece escrito de propósito para ilustrar o que eu penso sobre o que está errado no modo como se ensina economia.

A propósito de uma intervenção crítica de Steve Marglin diz Mankiw que, embora concorde com muito do que por ele é dito, tem uma discordância de ordem pedagógica que exprime deste modo:
A main disagreement I have with Steve is pedagogical. I believe his critiques of mainstream economics should be presented after students have had a standard course like ec 10. That is, I would suggest Steve aim his course at sophomores rather than freshmen. If he did, he could attract a lot of economics majors who had just finished ec 10, rather than nonmajors who are avoiding it.
Eis uma forma mais desagradável mas também mais exata de pôr a coisa, que eu prefiro:
Os caloiros devem ser primeiro doutrinados com doses massivas de teorias destituídas de sólidos fundamentos científicos e mais precisamente de sólida base empírica. Mais tarde, com as cabeças já formatadas e depois de os alunos terem feito um investimento intelectual significativo a aprender coisas reconhecidamente erradas, estarão preparados para que lhes seja revelada a verdade, ou seja que passaram anos e anos a aprender tretas inúteis ou mesmo prejudiciais para uma sadia formação económica.
Pessoalmente, só vejo uma vantagem (digamos assim) na orientação preferida por Mankiw. É que, uma vez impregnados dos preconceitos da seita e familiarizados com os respectivos rituais, os estudantes submetidos ao processo recomendado de lavagem ao cérebro estarão mais inclinados a fazer-lhes pequenos ajustamentos do que a deitarem toda essa tralha para o lixo.
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1 comentário:

Anónimo disse...

Universidade uma coisa, madrassa outra coisa...