É claro que nessa situação - que poderá acontecer daqui a uns 15 anos - os chineses continuarão a ser incomparavelmente mais pobres do que os norte-americanos. Mas a China poderá, pela força bruta dos números, fazer frente aos EUA na ciência, na tecnologia, na cultura e, pior do que tudo isso, na área militar.
Esta eventualidade, ainda distante, traz já preocupados muitos americanos, entre eles Richard Rosecrance, professor na Universidade de Harvard, o qual assina no último número da revista "American Interest" um elucidativo artigo intitulado "Size Matters".
Estimulado pela recente proposta de uma Atlantikbruche (Ponte Atlântica) apresentada pela chanceler alemã Angela Merkel, Rosecrance propugna o desenvolvimento de um grande bloco euro-americano capaz de fazer frente às ambições geo-estratégicas da China. E conclui assim:
"Indeed, unless the Chinese economy implodes or globalization is stunted or reversed for some reason - both could happen, of course, but the odds lean against it - a Euro-American deal of unprecedented scale is the only way the United States can preserve its privileged position atop the global hierarchy. One day, most likely, it will happen."
1 comentário:
Seria a institucionalização do Ocidente. Esse post me faz lembrar Samuel Huntington e o seu "O Choque das Civilizações".
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A China já foi por 6 vezes a civilização-líder na história da Humanidade. Inevitavelmente será de novo, é recorrente. É um padrão.
O Ocidente se debaterá antes de entregar o cetro para a China. Esse cenário deve ser mesmo possível.
Mas desconfio que já vivemos isso há muitos anos... a Nato já não é a União EUA/União Europeia? Quando os EUA pressionam a Europa para integrar a Turquia, isso o que é?
Porquê fazer uma união monetária? Os americanos até já possuem uma ilha na Europa. Para quê serve a libra? Dolar/Libra/Euro. Esse equiliíbrio nãos erá uma moeda?
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