29.5.09

Os cadernos de M (3)

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Na quarta feira, a funcionária pediu-me para ver o jogo do Ronaldo. Eu estava mais interessada na menina que foi levada para Moscovo, mas temos que apoiar os nossos, não é verdade?

Ao princípio estava tudo a correr bem, mas depois o árbitro começou a prejudicar-nos. O Messi até marcou um golo com a orelha. Uma vergonha.

"Estás a ver, Isaurinha, quando os socialistas fizerem o TGV os espanhóis levam-nos os nossos jogadores todos", disse-lhe eu.

Vai ela: "Quando a senhora estava lá no banco não dizia essas coisas dos espanhóis". Vejam-me esta atrevida.

Hoje, o R não telefonou. Coitadinho, deve andar muito atrapalhado com as caravanas e assim.

Agora acho que tenho que escrever o artigo para o Expresso e até já tenho na ideia denunciar o imposto europeu. Vou ver na agenda.
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Nós e eles

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O episódio filmado e televisionado em casa da família russa da pequena trasladada em vida de Guimarães para Moscovo fez-nos a todos tomar consciência de pelo menos duas coisas:

1. Para os russos, nós, portugueses, ao contrário deles, somos europeus;

2. O que distingue a identidade dos europeus é que, ainda segundo os russos, "deixam as crianças fazer o que lhes apetece".

Desconfio que alguns partidários da civilização ocidental não acharão lisonjeira esta caracterização.
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28.5.09

Para o ano há mais?

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Primeiro, eu detesto o Barcelona. Segundo, mais grave que o Barcelona ter ganho é que, desta vez, ganhou mesmo o melhor. Terceiro, não me recordo de uma superioridade tão abissal de uma equipa em relação a todas as restantes.

De modo que estou destroçado e na expectativa de que a desgraça se repita para o ano.

Como tantos outros milhões de infelizes (madrilistas antes e acima de todos os demais), eu agonizei antecipando o inevitável ao longo de todos estes meses. Ele há milagres - e, por acaso, esteve quase para acontecer um - mas não aconteceu.

Por que joga este Barcelona tão melhor que todos os outros? Ainda tive a esperança que se descobrisse que eles jogam drogados, mas, até hoje, nada.

O que eu tenho observado é que é muito mais fácil acertar-se um passe quando o destinatário se põe a jeito para recebê-lo. Não estou a falar de jogar para os espaço vazios - isso é o que faz o Carlos Martins e, por regra, não funciona - estou a falar de jogar para os espaços que no momento certo (mas não antes disso) serão ocupados.

Marcar o jogador que tem a bola é, nessas circunstâncias, pouco relevante, de modo que os adversários tentam antes marcar os que podem recebê-la, só que, ao fazê-lo, deixam que o supra-mencionado progrida sem problemas no terreno.

A única solução é fazer como o Chelsea, que, sem ninguém dar por isso, conseguiu meter em campo 22 jogadores em vez de 11. E, como se viu, nem assim.

Desconfio muito que, para o ano, é capaz de haver mais. Ai, ai.
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27.5.09

Friedman, responsabilidade, caridade e faz-de-conta

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No meu artigo de hoje no Jornal de Negócios saio em defesa do Milton Friedman a propósito da responsabilidade social das empresas. Se não gostarem, paciência.
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O novo Grande Timoneiro

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26.5.09

Os cadernos de M (2)

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A funcionária veio do supermercado a dizer que está tudo um horror e que o dinheiro que lhe dou não dá para comprar nada. Queria mais. Era o que faltava. Não há dinheiro, prontos. Agora quero ver se a mulher vai outra vez votar nos socialistas, depois queixa-se.

Almocei um peixinho cozido e depois repousei. Se calhar devia comprar um gato para me fazer companhia. A Isaurinha também é dessa opinião.

A meio da tarde fui para a sala de costura ver na tel-visão o inquérito parlamentar ao coiso. O não sei quê parecia uma pessoa tão certinha e agora põe-se a dizer mal de toda a gente. O A deve estar raladíssimo com isto tudo. Se calhar devia ligar-lhe. Acho que não, talvez amanhã.

Depois a funcionária pediu-me para mudarmos de canal. Queria ver na SIC a história daquela russa que veio a Guimarães raptar uma menina. Depois bateu-lhe e foi tudo filmado. Desde o comunismo que não perderam o hábito de fazer estas coisas, um horror.

O R telefonou-me. O dia correu-lhe muito bem, inventou uma piada muito engraçada sobre a Revolução Francesa que passou na tel-visão mas eu não sou capaz de contar.

Perguntei-lhe se se tem agasalhado bem, as noites estão outra vez muito frias. E recomendei-lhe que tenham cuidado com a estrada. Disseram-me que aquele chófer às vezes bebe. Ele prometeu.
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25.5.09

Os cadernos de M

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Ultimamente tenho saído mais, mas ainda é em casa que me sinto melhorzinha.

Se me incomoda o excesso de luz, corro os reposteiros e deixo-me ficar sentada muito quietinha a pensar. A esta sala não chega o ruído da rua, longe da confusão.

Soube ontem pelo telefone que o menino está muito crescido, mas ainda não tirou as fraldas. Disseram-me que vão mandar-me fotografias pela internet. Eu tenho lá paciência para ligar o computador! Já nem me lembro onde o pus, se calhar está na arrecadação.

O R é muito bom rapaz. Tem maneiras, gosta de sossego, fala devagarinho, sabe palavras bonitas e percebo quase tudo o que ele diz. Mas quer que eu vá com ele a comícios. Acha que ainda fazem um bocadinho de falta. Se calhar tem razão.

Também teima comigo por causa das reuniões. Diz que tenho que falar mais com os outros. Maçam-me com aquelas conversas, dão-me sono e depois vão queixar-se aos jornais que não ligo às opiniões deles.

Há dias, foi aquela maçada por causa do outro que lhe deu para apelar a plataformas de entendimento. Meti-me neste frete por causa dele e ainda se sente no direito de perturbar-me o sossego.

O pior é que o S não pára, sempre de um lado para o outro. Parece um boneco de pilhas. Detesto agitação.

Estou tão cansada. Acho que vou tomar um chazinho.
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24.5.09

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Caillebotte: Villers-sur-Mer.
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22.5.09

A cartilha maternal

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O ser humano habitua-se a coisas muito estranhas, e uma das coisas mais estranhas a que se habituou sem fazer perguntas foi àquela cena de o Economist, uma publicação que acima de tudo valoriza as liberdades do indivíduo em geral e a liberdade de expressão do indivíduo em particular não publicar artigos assinados.

Tudo o que ali se lê, como se sabe, reflecte a opinião do colectivo, algo que nem no saudoso Pravda acontecia.

Há, porém, na aplicação do princípio, uma dificuldade prática que me intriga desde sempre: como conseguem eles manter uma tal uniformidade de pontos de vista no interior de cada número, de número para número, de ano para ano e até de século para século?

Ponho de parte, por razões óbvias, a hipótese de ser tudo escrito pelo mesmo indivíduo. Não concebo também que cada número seja revisto e corrigido de fio a pavio por um único cavalheiro. (Como é que eu sei? Sei, pronto.)

Resta a hipótese de os redactores se guiarem por uma cartilha muito detalhada que a todos ilumina quando têm que opinar sobre os mais variados assuntos.

É a adesão estrita a uma doutrina bem encaixada nos cornos que, por exemplo, permite a alguém, mesmo sem conhecer os detalhes da questão, sentenciar que os problemas económicos portugueses se resolvem, como há escassas semanas declararam, liberalizando o mercado de trabalho e reduzindo o envolvimento do Estado na economia. Isto, lá na casa, está certo por definição.

Um ponto que decerto figura em grande destaque na cartilha da revista é o cuidado de não se meterem com os EUA. As pessoas já se esqueceram, por exemplo, que o Economist apoiou a invasão do Iraque com argumentos de baixo nível e que, durante muito tempo, esteve do lado do Bush. Depois, como o país virou, também virou, e, como não se sabe quem escreveu os artigos, ninguém é responsável por eles.

Por outro lado, o Economist indigna-se muito com a corrupção em países onde a revista não se vende muito, como o Zimbabwe, a África do Sul ou mesmo a Itália, mas aborda sempre com pinças ou mesmo compreensão a espantosa sucessão de trafulhices que levou globalmente à bancarrota o sistema financeiro norte-americano. Mais uma vez, não há ninguém que dê a cara pelas doutas opiniões favoráveis à "inovação financeira" publicadas ao longo de anos e anos.

É tão bom um irresponsável poder beneficiar do anomimato do "colectivo", não é? Quem sabe, sabe.
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20.5.09

Uma série de séries

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Para além de não ser um telespectador muito assíduo, careço da disciplina mental indispensável para acompanhar uma série televisiva. Não me foi fácil, por isso, corresponder ao pedido que o Carlos Santos me dirigiu de nomear as 15 melhores séries de todos os tempos.

Assim, de imediato, ocorreram-me:

1. Os Simpsons

2. Os Sopranos

3. The Office

4. Os Marretas

5. Yes, Minister

Rebuscando no sótão da memória, a custo recordei mais algumas:

6. Danger Man

7. Hiram Holiday

8. Get Smart

9. Perry Mason

(Para benefício da juventude alegre e despreocupada que nunca ouviu falar destas séries ou só conhece remakes recentes, incluí instrutivos links para o YouTube.)

Estamos então quase a chegar às quinze. Mais um esforço:

10. Twin Peaks

11. Reviver o Passado em Brideshead

12. Beavis & Butthead

13. Mário e o Mágico

14. Allo, allo

E, a finalizar, uma inolvidável série portuguesa:

15. FC Porto, Liga dos Campeões 2004
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Também me quer parecer

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John Kay teme que, do jeito que as coisas estão a evoluir, é provável que as escassas mudanças ocorridas sirvam apenas para que tudo fique na mesma:
"Breaking the political power of the financial services industry will not happen easily. That power may survive this crisis – as it survived the last. When the New Economy bubble burst in 2000, enough money was pumped into the system to sustain the establishment and pacify the population. Minor courtiers were executed but the essential power structure remained. But, as Louis XVI learnt as the guillotine fell, the longer reform is delayed, the bloodier the revolution. And the more unsettled and chaotic would be the eventual outcome for us all."

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19.5.09

Proposta de cartaz eleitoral para o PSD

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Eles andam à procura de uma coisa deste género, mas falece-lhes coragem e talento.
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14.5.09

Quem fez o quê a quem

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Quem contou tudo

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Como se soube

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Facsimile do Relatório da Procuradoria

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Cenas dos próximos episódios

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Os media entenderam rapidamente que Pinto Monteiro adora ouvir-se. No seu gabinete, à saída de uma conferência, à entrada de uma audiência ou de passagem para sítio nenhum, o PGR tinha sempre um esclarecimento a dar ou uma clarificação a fazer. Imagino a família a dizer-lhe, ao vê-lo diariamente na TV: “Hoje estiveste bem”.

No auge do entusiasmo com a sua própria pessoa, proclamou o combate aos condes, duques e marquesas que pululavam na Procuradoria, e aí terá começado o seu calvário. Nesse dia, alguns terão pensado com os seus botões: “Deixa-o pousar…”

Os acontecimentos dos últimos meses terão mostrado a Pinto Monteiro quem de facto manda na casa que superiormente não dirige. Talvez ele continue a inquirir-se se o seu telefone estará sob escuta, mas não pode ignorar que o segredo de justiça é quotidianamente violado sob as suas barbas ao sabor das conveniências de alguns e na mais completa impunidade.

Com o caso Freeport, a Procuradoria tomou definitivamente o freio nos dentes. De Janeiro para cá, Pinto Monteiro é queimado em lume brando na praça pública. Todos podemos ver que a sua autonomia de juízo e acção compara-se à de uma punching-ball atirada continuamente de um lado para o outro por jornalistas e magistrados.

Mais recentemente, o folhetim Freeport reanimou-se com o episódio das alegadas pressões sobre os investigadores do caso. Significativamente, os supostamente atingidos, em vez de se queixarem aos seus superiores hierárquicos, e antes de mais a Pinto Monteiro, impeliram o seu Sindicato a convocar a imprensa e a pedir uma audiência ao Presidente da República. Ficou assim clara perante todos a relevância do PGR na instituição que lhe está confiada.

Sob a pressão dos media, ele determinou então a abertura de um inquérito acerca de “pressões” do poder político que, por definição, e dada a autonomia do Ministério Público, não podem existir, e cujo conteúdo se resume a pedir uma investigação expedita, coisa que o próprio Sócrates fizera publicamente algum tempo antes.

“Não me toques, que me desafinas”, eis o grito angustiado de investigadores que se sentem ofendidos por alguém lhes sugerir que cumpram com diligência os seus mais elementares deveres profissionais.

No estilo a que a PGR nos habituou, não há caso, mas há ruído, muito ruído para consumo público. Como também seria de esperar, foram ouvidos amigos e conhecidos dos queixosos e produziu-se um volumoso relatório cujas conclusões mais uma vez chegaram primeiro às redações do que aos seus destinatários naturais, com a agravante de que, nesta circunstância, é muito mais fácil inferir quem promoveu a fuga.

Vale a pena notar que a mesma metodologia de inquirição incompetente e facciosa que nos ofereceu os maravilhosos dossiês Casa Pia, Maddie, Apito Dourado ou Operação Relâmpago, para citar apenas alguns, foi agora virada para o interior da organização. Encontramo-nos, pois, em plena intriga palaciana fomentada por um sindicato que parece arrogar-se o direito de comandar a investigação do país.

Na prática, estamos a assistir à tentativa de afastar alguém que parece não concordar inteiramente com a orientação que o Sindicato entende ser a mais adequada à condução de um caso de grande impacto público. Se a coisa pega, é de temer que os investigadores adiram a esta nova moda de se queixarem uns dos outros e conduzirem investigações uns sobre os outros – se é que não o fazem já.

Trata-se de uma evolução comum em instituições dominadas por uma lógicaconspirativa e revanchista: concluída a eliminação dos inimigos externos, Estaline promoveu a condenação dos seus camaradas do Comité Central.

A implosão pode estar próxima.
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13.5.09

Onde dói?

Modelo para investigação de casos difíceis

Novo equipamento para procuradores

Como tudo aconteceu

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Stress tests na Procuradoria

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12.5.09

Desglobalização?

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Que poderá fazer um país como Portugal caso ocorra nos próximos anos uma tendência, mesmo que moderada, para a desglobalização?

Dani Rodrik adianta algumas ideias muito relevantes num artigo recentemente publicado no Business Standard.

Sugiro uma comparação com a opinião que eu próprio exprimi sobre o mesmo tema no Jornal de Negócios de Março último sob o título Pôr a casa em ordem.
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Uma ideia simples

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Wolfgang Munchau é muito claro:
"There is a saying that the fish rots from the head, and this is exactly what has been happening here. There is nothing in European politics that stinks more than the apparent inevitability of another five-year term for José Manuel Barroso, the Portuguese president of the Commission. He spent most of the last few years on his bid for re-election rather than doing his job. If the centre-right wins the elections to the European parliament, as everybody seems to expect, nothing can stop Mr Barroso’s bandwagon."
Votar para derrubar Durão Barroso é um propósito que todos os eleitores europeus podem entender. Vamos a isso?
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11.5.09

Para que serve o Twitter?

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@Liiiy: Eu odeio a Telefônica, a Net e derivados.

@joanalopes: Odeio odear mas odeio.

@danielsiqueira: odeio todos os ingleses do mundo. morram todos.

@roodolfo: Porque eu odeio religião - http://www.youtube.com/watch?v=jZ9V7YqINe4.

@laisortelao: Odeio quando surgem fakes do além me seguindo.

@voodookittie: @tagliati adorei! haiuhiauha ODEIO chá! prefiro sexo huaioahauhuai aloca! =p.

@Grasipiasson: uma de minhas atividades corriqueiras é fazer alongamneto no ponto de ônibus , porisso criei a comunidade " odeio buzi ...

@caixaderetalhos: af af af, aula de espanhol foi uma meeeeeeerda :@ eu odeio a andréia *-*'

@ifyouseeksarah: odeio meus pais.

@brunopola: @shakeshake @caioariede @vihfreitas @guizaum Eu já odeio tudo que cola ;X.

@uedagrill: Odeio quando vou dar uma volta e vejo os downloads parados quando volto pq o #speedy de merda caiu.

@nayanewoolf: @joaopcastro vc gosta da palavra odiar! -- Resposta: Não, odeio.

@igorfaria: Eu ODEIO barba. Eu ODEIO fazer barba. Eu ODEIO o fato da barba sempre crescer, independente de quantas vezes eu a faça...

@CinhoRezende: ahhh q merda..... odeio quando isso acontece!!!!

@pokerrrface: puta que pariu, odeio gente insistente.

@Angie3113: odeio pessoas metidas a esperta!!!

@julianasr: meu, odeio esse nada.

@gilzito: @monallyssa odeio menina putinha em qualquer lugar.

@monallyssa: odeio menina q adora se mostrar putinha no twitter.

@missletz: como eu odeio ouvir uma música boa e não saber o nome :(

@analuisa_: odeio quando os legumes tão quentes DD:

@frordemaracuja: odeio homens. minha vontade nessas horas é de virar a casaca e namorar uma menina. eu teria bem menos dor de cabeça. ...

@tresflaibe: Odeio gente de Lua :@

@Shyznogud: Odeio Favas.

@gflorees: Só eu odeio a NET , mas continuo com ela pq não tenho opção de serviços? #hatred.

@tath: Odeio inclusão digital. Beijos.

@gabimaro: odeio quando a depiladora não atende o telefone.

@Piiiik: Cada dia eu odeio mais o orkut, odeio essa facilidade de achar as pessoas, acontece ontem, hoje você já ad, e sabe de tudo d

@jeferson_salles: Se for gripe suina digam a minha mãe que a amo e que odeio o Bush!

@gihg: hoje começamos a ensaiar pra festa junina D: odeio festas juninas. E é melhor nem falar quem é meu par ...

@eliseac: O show foi muito foda, mas aai, como eu odeio ser baixinha.

@nayanewoolf: odeio ficar triste por besteira -_- mas fazer o q se n consigo tirar isso da minha cabeça?>.<

@coxao: @pedrobarroso rapa sou designer e fotografo auehuae nao webdeveloper heheh odeio fazer site =D

@ahdanilo: PQP, como eu odeio U2!

@aniellemedeiros: Eu uso óculos, mas odeio. Não por ficar com cara de nerd, mas porque odeio aqueles negocinhos apertando meu nariz e ...

@larapuentofinal: essa semana TENHO que focar na faculdade. odeio.

@dannyzappa: odeio quando eu compro um Mentos Fruit e só vem a bala laranja dentro. 12 de 14 eram laranjas. é a que eu menos gosto.

@gilzito: dona edite requentou a comida do final de semana, eu odeio comida requentada. humpf.

@qrolfashion: Odeio ser acordada p/ resolver problemas de informática! Entenda: meu diploma de técnico é enfeite!!!

@tatianatenuto: Como eu odeio quando as pessoas desmarcam compromissos em cima da hora

@gabichanas: Odeio ver gente chorando na redação. Dá um pavor não poder fazer nada...

@sweetest_autumn: odeio shampoo de banana.... o cheiro é terrível!

@Nero00: Fica aqui registrado o quanto eu odeio o vista!

@outralilla: eu odeio a claro. odeio, com todas as minhas forças.

@RicardoPontes: Mais uma vez, só pra deixar claro. ODEIO USUÁRIOS ¬¬ sua extensão deveria ser .fdp

@rlmiranda: EU ODEIO BUROCRACIA DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS!!!!!!!!!!!

@satellites_: já falei o quanto odeio relatórios? =(

@rafaverdi: ODEIO FICAR CHORANDO!

@fervaladares: acabei de chegar da rua, odeio a exclusão social, quase fui assaltado

@nathymunaro: odeio as coisas ditas pela metade!

@Synthzoid: Cara, eu odeio a secretaria da FECAP!

@claudia_cfb: Odeio fazer trabalho com quem eu não gosto.

@rosilva_vet: Odeio fazer faxina. Estou toda dolorida hoje... :(

@babbertunes: Odeio reuniões!

@felipelobo: ODEIO feeds que não mostram o texto, só o título. Grrrrr

@A_mendoa: Odeio qdo minha mãe decide que tem que fazer uma limpa no meu guarda roupa. - CADE o cabo USB do meu celular?!

@edinholumertz: Eu odeio políticos,odeio Yeda Crusius,odeio Carlos Crusius,Odeio a OAB, odeio a oposição também,odeio advogados,se eu ...

@ana_flaming: odeio quando família me adiciona no orkut pq eu me sinto na obrigação de aceitar esse bando de prosa ruim!

@samiacalixto: Ain como eu odeio pessoas com cara de cú. Que não sabem sorrir para a vida nem pra nada. UI SAÍ PRA LÁ!

@raons: Odeio essas regras de sociabilidade (: Não sei fingir que é natural porque não é.

@ClauCiapina: Odeio quando as pessoas generalizam tudo.

@Thati_Seixas: Odeio ter reação alérgica.Ainda mais quando é por causa de camarão,todo mundo me proibe de comer depois.Desde sábado a ...

@van_labri: Lembrete: odeio detergentes quando estou com esmalte

@pryackles: Odeio falar as coisas e as pessoas não entenderem!

@heloikeda: @sanseverini Odeio essa reforma ortográfica, e o pessoal que fica me corrigindo toda hora

@lodot: abriu as inscrições pro Brazil's Next Top Model... Odeio ser baixinha...

@mariaclarapetry: maldito trabalho sobre o PI, odeio o PI, odeio matemática, odeio professores, odeio a escola e
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Estou surpreendido por este rapaz ainda não ter sido dado como certo no Benfica

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7.5.09

"It's a fucking disgrace"

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6.5.09

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Caillebotte: La Plaine de Gennevilliers.
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5.5.09

Os malefícios do proteccionismo explicados às crianças

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Em 1962, a CEE decidiu impedir a entrada de frangos americanos na Europa. Os EUA retaliaram aplicando uma tarifa de 25% sobre a importação de camiões e camionetas de origem europeia, o que, á data, prejudicou sobretudo a indústria alemã.

As consequências desta guerra absurda entre capoeiras e linhas de montagem, contada por Robert Lawrence no blogue de Dani Rodrik, foram profundas e duradouras, a tal ponto que ajudam a explicar a actual bancarrota da indústria automóvel norte-americana.

Mesmo aqueles que, como eu, não diabolizam a protecção comercial, devem reconhecer os absurdos a que ela pode conduzir em certas circunstâncias.
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4.5.09

Em quem votar?

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Já conhecem a implacável demolição do Bloco Central perpetrada pelo Daniel Oliveira? Não percam, porque ele não deixa mesmo pedra sobre pedra.

Este pobre eleitor confessa, porém, a sua perplexidade: se nenhum partido conseguir a maioria absoluta, como haverá de se formar um governo imune às flutuações de humor dos partidos com representação parlamentar?

No plano teórico, a solução ideal poderia ser um governo PS-BE, tanto mais que dois terços do eleitorado se inclinam para uma solução de esquerda. Mas já sabemos que não só o Bloco designou o PS o seu inimigo principal, como Louçã jurou que jamais o Bloco contribuirá para uma tal solução governativa.

Faz sentido o BE não querer ir para o governo, se ele pretende continuar a ser um partido de contra-poder. Mas não faz sentido que se arreganhe contra o Bloco Central, pois essa seria a situação ideal para o BE. Com o PS e o PSD coligados, ao cabo de dois ou três anos estariam reunidas as condições para Louçã liderar uma revolução popular pacífica e tomar o poder. Por que é que o Daniel teme uma tal evolução?

Estou inclinado a pensar que quem em simultâneo detesta o Bloco Central e sabe que nada pode esperar do Bloco de Esquerda não tem mesmo outra solução senão esperar que o PS conquiste uma nova maioria absoluta.
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A Europa do Leste deve mais a Portugal do que à Alemanha em termos relativos

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Este gráfico (Fonte: BIS) apareceu há umas boas semanas na imprensa internacional, mas não me lembro que tenha tido algum destaque entre nós.

Diz-nos ele que, em termos relativos, Portugal está mais exposto a uma eventual derrocada financeira do Leste europeu do que a Alemanha ou a França.
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O sistema financeiro alemão está globalmente falido

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Conta Wolfgang Munchau no Financial Times:
"Süddeutsche Zeitung, the German newspaper, recently revealed an internal memo from Bafin, the country’s banking regulator, showing the estimated scale of write-offs would be more than €800bn ($1,061bn, £712bn), about a third of Germany’s annual gross domestic product. By comparison, the entire capital and reserves of its monetary and financial institutions were only €441.5bn in February. If the leaked number is true, it would mean the German financial system is broke."
Esperem mais notícias deste tipo nos próximos tempos.
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