Mas, se o 11 de Setembro representa para nós neste século XXI a marca da barbárie, como deixar de lado «Fat Man» e «Little Boy»? Como esquecer a ruína caída do céu de que falou Truman, nos mesmos termos em que Bin Laden e Al-Zawahiri falam da catástrofe por vir que se abaterá sobre a cabeça da América se não se converter, se não aceitar as «condições» deles? Não se trata de equiparar ou fazer equivaler a morte e a destruição, trata-se apenas de entender de uma vez por todas que contamos melhor os nossos mortos do que os mortos dos outros, e que, de facto, foi a América o único país, até hoje, a utilizar armas nucleares em tempo de guerra. Importa também reflectir sobre isto quando falamos do Irão e da megalomania de Ahmadinejad. O problema dos dois pesos e das duas medidas invadiu e tomou conta do discurso mediático e contaminou o discurso mediático aprendido com o Ocidente.
10.9.06
Manhattan Project
Clara Ferreira Alves, no Expresso de sábado:
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