12.9.06

Não foi erro, foi mentira



Não, meus amigos. Não se trata de nebulosas insinuações insusceptíveis de serem provadas. Trata-se de factos.

No seu livro de há dois anos, Richard Clarke, Conselheiro Nacional de Segurança de quatro presidentes, denunciou o total desinteresse de Bush, Cheney, Rumsfeld, Rice e Wolfwitz pela Al-Qaeda, tanto antes como depois do 11 de Setembro. Os factos relatados não só não foram desmentidos, como se viram posteriormente confirmados por outros testemunhos.

Estas coisas são sabidas em toda a parte, menos talvez por cá, que temos a maior concentração de neocons por centímetro quadrado de opinião publicada.

Ora bem, antes que se ponham a gritar como virgens apalpadas, eu adianto a minha interpretação. Para Bush e companhia, a Al-Qaeda nunca passou de um pretexto para outras cavalarias. Precisamente por isso, a grande questão da política externa de hoje é a desmontagem dessa agenda oculta que procura levar o mundo por caminhos ínvios.

Repito: a invasão do Iraque não foi um erro, foi um acto calculado suportado numa mentira premeditada que colocou a América e o mundo sob chantagem.

É preciso continuar a bater neste ceguinho, porque ele é manhoso e, se poupado, não perderá a oportunidade de contra-atacar.

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