A pior opção que os EUA podem tomar no Iraque é escolherem a escalada do conflito, promovendo a guerra civil no Líbano e ameaçando invadir o Irão.
A segunda pior opção é retirar precipitadamente do Iraque, deixando o país mergulhado no caos e traindo os aliados locais.
A primeira opção é a favorita da administração Bush, até porque vem na sequência lógica da grandiosa estratégia neocon para o Médio Oriente. A segunda é a que, de momento, mais atrai os democratas.
Se vencer a doutrina que exige o abandono no prazo máximo de 1 ano - ou seja, a tempo de o próximo Presidente evitar herdar a batata quente - os EUA não precisarão do apoio da Europa. Se vencer a aposta no alastramento do conflito, a Europa deve manter-se à parte.
Só admito que a Europa mude de posição se os EUA estiverem dispostos a rever por inteiro a sua política no Médio Oriente. Isso teria de começar por um acto de contrição em relação ao passado recente.
Infelizmente, ainda não houve até hoje qualquer sinal de que Bush esteja genuinamente apostado em arrepiar caminho.
Assim, se a Grã-Bretanha quiser persistir no erro de apoiar cegamente os EUA, o problema será dela. Não terá qualquer legitimidade para exigir o apoio político da União Europeia quando, como na passada semana sucedeu, se deixa enredar nos preparativos da guerra dos EUA contra o Irão.
2.4.07
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