4.3.10

"Neofeudal" system of "private corporate governments"

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Comentário de Thomas Frank a "Cornered: The New Monopoly Capitalism", o novo livro de Barry Lynn, repescado no Economist's View:

"...Barry C. Lynn's recent book ... arises directly from the old antitrust tradition, and it presents us with an amazing catalogue of present-day monopolies, oligopolies and economic combinations. Its subjects are, by definition, some of the largest and most powerful organizations in the world. And yet almost none of it was familiar to me.

"Mr. Lynn tells us, for example, about the power of single companies or small groups of companies over such disparate fields as eyeglasses, certain categories of pet food, washer-dryer sales, auto parts, many aspects of food processing, surfboards, medical syringes...

"Nor had I ever heard about what Mr. Lynn calls "the vitamin cartel," or the "nearly complete roll-up" of advertising agencies, or that the "key industrial legacy" of now-imprisoned business executive Dennis Kozlowski was a company "that specialized in forging monopolies over U.S. marketplaces for everything from catheters to fire sprinklers to clothes hangers," or that a recent management book encourages readers to see monopoly power as the main goal of business strategy.

"Mr. Lynn is a senior fellow at the New America Foundation in Washington; he first came to my attention with a memorable 2006 essay in Harper's Magazine in which he described the power Wal-Mart exerted over its suppliers...

"Mr. Lynn ... describes companies that swallow their rivals and then, with competitive pressure diminished, set about "destroying product variety and diversity." ... We learn of entire industries where competitors have grown so close to one another that a collapse at one company would probably bring down many of the others as well.

"This is, we are often reminded, a populist age, with fresh flare-ups of fury every time Wall Street bonuses hit the headlines. ...Mr. Lynn's anger at the Wall Street bailout, his fondness for small business, and his frequent homages to the nation's founders may seem superficially similar to the attitudes of the tea party protesters. But Mr. Lynn also takes pains to demonstrate that the economic "freedom" so beloved by the snake-flag set has actually yielded the opposite of freedom: a "neofeudal" system of "private corporate governments" answerable to no one. ..."
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2 comentários:

B. disse...

Um dos aspectos que mais me irrita no Direito da Concorrência (ou anti-trust se preferir) é o facto de, frequentemente, penalizarem o sucesso. O medo do monopolista ou dos oligopolistas assume proporções de fobia a ponto de nem sequer se questionarem das razões por trás do sucesso das empresas.

Por exemplo: a indústria dos óculos! Os óculos foram um acessório terapeutico até cerca de meados do sec.XX. Usar óculos era tao estético quanto usar aparelho de dentes. Quanto muito seria uma prerrogativa de algumas classes mais letradas que liam muito.

Até que vieram os italianos e transformaram os óculos num acessório de moda. Tornou-se chic usar óculos! Descobriram um mercado onde antes outros só viam uma prótese e, por causa disso, meia dúzia de empresas conquistaram a fatia de leão do mercado.

Mas há alguém que proiba outras empresas de entrarem no mercado? Os acordos com os distribuidores sao anti-concorrenciais? Estao a abusar da sua posição dominante? Não! Apenas estão a colher os frutos do seu sucesso que consiste única e exclusivamente em ter fornecido um produto que satisfizesse as necessidades do público.

Quem conseguir fazer melhor que avance e mostre o que vale. Quem achar que os preços sao abusivos que venda mais barato.Quem achar que os distribuidores estao acorrentados a estas empresas que contacte outros distribuidores interessados em entrar no mercado.

O problema destas empresas é que sao eficientes: vendem os produtos a um preço que o público está disposto a pagar e cujas margens de lucro nao deixam espaço para a concorrencia. Por que é que hão-de ser penalizadas por causa disso?

Em vez de adoptarmos uma perspectiva estritamente clássica da actuação das empresas, deveriamos vê-las no seu conjunto e observar se os seus comportamentos produzem ou nao resultados socialmente eficientes.

João Pinto e Castro disse...

Não há nenhum monopólio nas armações de óculos.

Está a ver mal a coisa, mas deve ser das lentes.