.
Parece-me razoável presumir-se que os eleitores que decidiram a votação de ontem - cerca de 10% dos que compareceram nas urnas - valorizaram mais a probabilidade de uma solução governativa estável do que os programas partidários em confronto.
Faz sentido.
Para quê dar a maioria ao PS se, isolado à direita à esquerda, ele não teria condições para governar? Se dúvidas houvesse, o último ano e meio comprovou que uma maioria socialista, necessariamente relativa, equivale a um défice de capacidade governativa inaceitável num momento crítico para o país.
Votar no PSD, em alternativa, garantia praticamente um executivo apoiado numa maioria absoluta. Nas atuais circunstâncias, terão muitos pensado, é isso que interessa, tanto mais que a ação governativa estará à partida muito condicionada pelo acordo assinado com a UE, o BCE e o FMI.
Repito: faz sentido.
.
6.6.11
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Pois. Os eleitores acabam por sacrificar a elevadíssima qualidade da governação de Sócrates a troco de estabilidade. Mas, com um primeiro ministro tão bom, não seria mais racional dar-lhe maioria absoluta e assim ter o melhor de tudo?
Se lhe interessa a minha posição, sim, seria mais racional.
Só que a democracia consiste em ouvir a opinião de toda a gente, não apenas a de alguns.
Enviar um comentário