22.10.04

Climax e anti-climax

Um amigo meu costuma abandonar apressadamente a sala de concerto antes dos encores porque, diz ele, normalmente são um anti-climax em relação ao que se acabou de ouvir.

Poucas vezes lhe dei tanta razão como ontem, quando Kissin, depois de tocar de enfiada os primeiros três concertos para piano de Beethoven, cedendo rapidamente aos aplausos do público, resolveu fechar a noite com uma espécie de marcha de circo.

Assim se arruina o final de um concerto memorável.

Quanto ao resto, mais uma vez, um grande solista levou literalmente ao colo a Orquestra Gulbenkian, especialmente no ponto alto da noite, o 3º concerto, que em algumas passagens chegou a surpreender-me.

Uma apreciação mais competente pode ser lida aqui.

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