1.7.05

Ao clarão da lua cheia

«Parte do nosso trajecto, na volta para casa, foi feito ao sereno clarão da lua cheia, que se erguia detrás das montanhas do outro lado do Tejo, que tem, neste extremo da metrópole, mais de nove milhas de largo. Lisboa, que horas antes me parecia tão pouco interessante, assumiu um outro aspecto ao doce raiar da lua. As escadarias, os terraços, as capelas e os pórticos de muitos conventos e palácios, à beira do rio, alvejavam como se fossem de mármore branco, enquanto as rudes encostas e os seus miseráveis tugúrios, erguendo-se, ao fundo, acima deles, se perdiam na densa escuridão.»

William Beckford: Viagens a Portugal, 1787.

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