9.9.05

A sondagem

A sondagem da Universidade Católica hoje divulgada n' O Público revela em primeiro lugar, sem margem para dúvidas, que a maioria dos portugueses acredita que as próximas eleições presidenciais serão muito importantes para o futuro do país, que o Presidente deveria ter mais poderes, e que, mais importante ainda, deveria intervir no dia a dia da governação.

Concordo com a resposta deles à segunda pergunta, discordo quanto à terceira, e ainda não estou certo se a eleição presidencial será de facto importante.

Passando às preferências reveladas pelos diversos candidatos, vê-se que, redistribuindo os indecisos, Cavaco deverá recolher 49% de votos na primeira volta.

Este método da redistribuição é inteiramente legítimo, dado que, numa eleição, só contam os votos efectivos expressos. Duvido, porém, que ele seja muito fiável neste momento, dado que, somando os que se propõem votar noutros candidatos não propostos, as intenções de votar branco ou nulo, os eleitores que declaram não tencionar votar e ainda os que não sabem o que farão ou se recusam a responder, temos que 48% das pessoas entrevistadas, ou seja, quase metade, não optaram ainda por nenhum candidato.

É essa, aliás, a posição em que eu próprio me encontro.

Moral da história: ainda é cedo para os partidários de Cavaco tirarem o champanhe do congelador.

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