.
Se um banco for à falência, o Estado garante os nossos depósitos até um limite máximo fixado por lei que, em Portugal, se encontra actualmente fixado em 100 mil euros.
Pergunta: como poderemos nós saber antecipadamente que um determinado banco está a correr riscos excessivos e que, por conseguinte, o nosso dinheiro poderá evaporar-se na parte que exceda o limite legalmente protegido?
Resposta: usualmente, não podemos, porque ninguém nos presta essa informação.
Os testes de solidez (stress tests) cujos resultados ontem foram divulgados romperam com a tradicional opacidade do sistema bancário. Ficámos todos finalmente a saber que grau de confiança merecem os bancos dos quais somos clientes.
A minha questão é esta: não seria boa ideia, a bem da transparência e da defesa dos direitos dos depositantes, instituir a prática de testes anuais de solidez bancária supervisionados por uma entidade reguladora devidamente mandatada para tal?
A própria natureza do negócio bancário confere uma determinada protecção às empresas do sector. Mas essas garantias só fazem sentido se tiverem em vista a protecção do público, não a dos accionistas dos bancos.
As boas práticas são para repetir.
.
24.7.10
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Quando ouvi falar pela primeira vez destes "stress tests" pensei: mas então nos relatórios de contas não há pessoas a afirmar que aqueles números traduzem de forma fidedigna a situação da empresa? Parece que não. Os relatórios terão portanto que ser melhorados, incluindo como sugeres os resultados de testes deste tipo.
Enviar um comentário