.
Se tivéssemos um governo próprio, eis o que ele diria à troika da próxima vez que nos visitasse:
“Meus senhores, escutámos nas últimas semanas declarações altamente relevantes de, por um lado, Christine Lagarde (Presidente do FMI) e Olivier Blanchard (economista principal do FMI), por outro, Durão Barroso (Presidente da Comissão Europeia), Claude Juncker (Presidente do Ecofin) e Martin Schulz (Presidente do Parlamento Europeu).
“Todas estas individualidades - de quem decerto já terão ouvido falar - convergem de modo inequívoco na conclusão de que as políticas de austeridade que têm vindo a ser aplicadas na Europa em geral e em Portugal em particular são erradas, destrutivas e contrárias aos propósitos declarados de controlar os défices públicos, conter o crescimento das dívidas soberanas, promover o crescimento e gerar emprego.
“Dito isto, somos forçados a perguntar-vos: quem representam os senhores nesta reunião? A União Europeia e o FMI ou apenas e só as vossas peculiaríssimas opiniões pessoais? Como é possível que representem a União Europeia e o FMI, se é público e notório que as únicas pessoas idóneas para representarem essas instituições contrariam com a máxima clareza o que procuram impor-nos aqui?
“Têm os senhores a certeza de estarem mandatados para fazerem o que fazem? Estão seguros de que a vossa actuação é apoiada pelas organizações a que pertencem? Não vos incomoda pessoal, profissional e institucionalmente a ambiguidade desta situação?
“Não nos levem a mal. Porém, nessas circunstâncias, somos forçados a suspender todos os contactos convosco até que Christine Lagarde, Durão Barroso e Claude Juncker clarifiquem de uma vez por todas, de preferência por escrito, qual é de facto a orientação das instituições a que presidem. Até lá, desejamo-vos uma estadia agradável no nosso bonito país.”
Mas é claro que, sendo Vítor Gaspar funcionário da União Europeia, jamais fará ou dirá algo que possa embaraçar a sua futura carreira técnica.
.
Se tivéssemos um governo próprio, eis o que ele diria à troika da próxima vez que nos visitasse:
“Meus senhores, escutámos nas últimas semanas declarações altamente relevantes de, por um lado, Christine Lagarde (Presidente do FMI) e Olivier Blanchard (economista principal do FMI), por outro, Durão Barroso (Presidente da Comissão Europeia), Claude Juncker (Presidente do Ecofin) e Martin Schulz (Presidente do Parlamento Europeu).
“Todas estas individualidades - de quem decerto já terão ouvido falar - convergem de modo inequívoco na conclusão de que as políticas de austeridade que têm vindo a ser aplicadas na Europa em geral e em Portugal em particular são erradas, destrutivas e contrárias aos propósitos declarados de controlar os défices públicos, conter o crescimento das dívidas soberanas, promover o crescimento e gerar emprego.
“Dito isto, somos forçados a perguntar-vos: quem representam os senhores nesta reunião? A União Europeia e o FMI ou apenas e só as vossas peculiaríssimas opiniões pessoais? Como é possível que representem a União Europeia e o FMI, se é público e notório que as únicas pessoas idóneas para representarem essas instituições contrariam com a máxima clareza o que procuram impor-nos aqui?
“Têm os senhores a certeza de estarem mandatados para fazerem o que fazem? Estão seguros de que a vossa actuação é apoiada pelas organizações a que pertencem? Não vos incomoda pessoal, profissional e institucionalmente a ambiguidade desta situação?
“Não nos levem a mal. Porém, nessas circunstâncias, somos forçados a suspender todos os contactos convosco até que Christine Lagarde, Durão Barroso e Claude Juncker clarifiquem de uma vez por todas, de preferência por escrito, qual é de facto a orientação das instituições a que presidem. Até lá, desejamo-vos uma estadia agradável no nosso bonito país.”
Mas é claro que, sendo Vítor Gaspar funcionário da União Europeia, jamais fará ou dirá algo que possa embaraçar a sua futura carreira técnica.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário