24.12.06

Perder o fio à meada



Estou disposto a crer que algumas raras pessoas talvez consigam entender os cada vez mais intrincados argumentos dos thrillers, mas posso garantir-vos que nenhuma delas faz parte do círculo das minhas relações. Fazer o espectador sentir-se muito estúpido aparenta ser o propósito essencial de tais exercícios.

Parece-me que estamos agora a entrar numa nova fase, em que já nem o próprio argumentista percebe a teia que urdiu. Os últimos quinze minutos de Déjá Vu, por exemplo, são absolutamente patéticos - e este é o mais suave eufemismo que de momento me ocorre - no modo como desafiam toda a lógica na vã tentativa de salvarem um enredo cujo sentido entretanto em absoluto se perdeu.

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