1. Atacar o investimento público em geral
2. Comparar o investimento na OTA com o investimento nos estádios do Euro 2004
3. Misturar a questão da OTA com a do TGV
4. Propor o adiamento da decisão até o país ter o OGE equilibrado
5. Dar como provado que o investimento nunca poderá ser rentável
6. Criticar as fortunas gastas em estudos
7. Exigir novos estudos
8. Pedir a divulgação de todos os estudos
9. Argumentar que as conclusões de certos estudos contradizem as de outros
10. Criticar a divulgação de pareceres e estudos irrelevantes
11. Fazer notar que a informação não está disponível para invisuais
12. Invocar pareceres de pessoas e entidades de quem nunca ninguém ouviu falar
13. Revelar que, inacreditavelmente, fulano de tal nunca foi ouvido
14. Misturar argumentos gerais com objecções de pormenor
15. Sempre que os estudos demonstrarem que o adversário está certo, sustentar que todos os estudos são falíveis
16. Perguntar o que acontecerá se, daqui a quarenta anos, as premissas do projecto vierem a revelar-se falsas
17. Introduzir questões laterais sem relação lógica com o tema
18. Quando se prova que determinada objecção não tem fundamento, perguntar se é possível garantir que não venham a surgir no futuro objecções com fundamento
19. Afirmar que o horizonte de vida do empreendimento é demasiado reduzido
20. Afirmar que não é possível fazer projecções de procura sérias a tão longo prazo
21. Tirar conclusões gerais sobre a inviabilidade do empreendimento com base em premissas particulares limitadas
22. Adjectivar sistematicamente a argumentação de forma a descredibilizar o ponto de vista adverso
23. Apresentar-se como a parte sensata do debate e taxar o adversário de aventureirismo
24. Mudar de assunto quando a conversa tomar um rumo desfavorável
25. Pôr na boca dos defensores do projecto coisas que eles não disseram
26. Recusar explicar-se sobre um ponto em que não se está seguro alegando que a questão está mal colocada
27. Extrair consequências indevidas dos argumentos contrários
28. Produzir afirmações falsas que só um especialista está em condições de refutar
29. Citar a despropósito uma autoridade ausente, de preferência fora de contexto
30. Acusar o oponente de pretender aumentar a carga fiscal
31. Perguntar se é possível garantir que os custos efectivos não irão exceder os orçamentados
32. Pedir garantias de que haverá investidores interessados no projecto
33. Pedir garantias de que o empreendimento não ficará em mãos estrangeiras
34. Insinuar que o adversário está a perder o debate
35. Recorrer a jargão técnico que o próprio não entende para confundir o público
36. Concentrar o fogo em pontos de pormenor e fazer crer que a viabilidade do projecto foi inteiramente refutada
37. Insinuar que o adversário está ao serviço de interesses ocultos
38. Insinuar que o adversário é ingénuo e está a deixar-se manipular por interesses ocultos
39. Alardear competência técnica que não se tem
40. Insinuar que certas informações escondidas do grande público poderão em breve ser divulgadas
41. Insinuar conspirações para manipular os resultados dos estudos
42. Confundir meras opiniões ou pareceres com estudos
43. Confundir meras prevenções com objecções de fundo
44. Alegar que um amigo (ou vizinho, ou familiar) engenheiro descobriu uma fragilidade insanável no projecto
45. Exigir a revogação da legislação ambiental
46. Exigir a promulgação de nova legislação ambiental mais restritiva
47. Provar que o dinheiro dos fundos comunitários não faz falta para financiar o projecto
48. Fazer notar que a indisponibilidade de fundos comunitários é mais uma razão para desistir do projecto
49. Fazer muitas perguntas ao mesmo tempo
50. Proclamar a descoberta, por simples inspecção do mapa das estradas, de uma nova localização alternativa às dezassete já estudadas
51. Silenciar o facto de os estudos terem sido iniciados há 40 anos e a primeira decisão a favor da Ota ter sido tomada há 34
52. Pedir tempo para repensar a decisão à luz de novas circunstâncias que poderão um dia vir a ocorrer
53. Pedir a convocação de um referendo
54. Questionar se o país precisará mesmo de aeroportos
21.3.07
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