O galaico-português é uma língua enjeitada que tem tido a sorte de encontrar bons pais adoptivos.
Os galegos, que a inventaram, abandonaram-na ainda novita e nunca mais quiseram saber dela. Por sorte, foi encontrada pelos portugueses, que, levando-a pela sete partes do Mundo, lhe asseguraram um bom futuro.
Cresceu e tornou-se a sexta língua mais falada do planeta. Hoje, são os portugueses que pouco dela curam, mas, mais uma vez, teve a boa sina de ser adoptada, agora pelo Brasil, um país com uma batelada de gente lá dentro que, ainda por cima, lhe faz o favor de reinventá-la todos os dias.
O galego passou a português e, um dia, chamar-se-á brasileiro, porque uma língua é de quem a trabalha. O melhor que temos a fazer é apanhar esse comboio e ir negociando com os brasileiros acordos ortográficos - enquanto eles tiverem pachorra para nos aturar.
Por cá, a habitual caterva de mandriões andou a dormir durante duas décadas - tal qual como no caso da Ota - para agora, à ultima hora, barafustar argumentos insensatos contra a uniformização ortográfica.
Força com o acordo!
29.11.07
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