11.12.08

Pensar o impensável

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Os Bancos Centrais têm vindo a expandir aceleradamente a base monetária, esforçando-se por contrariar a seca do sistema financeiro provocada pela preferência pela liquidez.

Apesar disso, as taxas de juro cobradas aos particulares e às empresas não descem como seria de esperar e, sobretudo, os bancos mantêm as torneiras do crédito fechadas. Isso não se deve a qualquer má intenção por parte deles, apenas a uma gestão prudente da sua situação líquida.

Diz-se que estão esgotados os recursos da política monetária. Mas estarão mesmo?

Nos EUA, é possível que a Reserva Federal venha a substituir-se aos bancos, oferecendo directamente crédito a quem dele precisar. Nessas circunstâncias, que sucederá aos bancos privados? Provavelmente, terão que ser nacionalizados ou mesmo intervencionados.

Quando a reencontrada virtude da prudência bancária paraliza a economia, a única solução tecnicamente viável poderá vir a ser a nacionalização integral do sector por um período temporário.
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1 comentário:

Sibila Publicações disse...

E por cá, quem vai oferecer liquidez ao mercado? O governo ou a banca estrangeira?

Essa crise parece ser a hora da verdade dos bancos portugueses. Aguarda-se os novos episódios.