22.12.09

O neo-liberalismo e eu

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É possível que ninguém tenha reparado, mas eu jamais utilizei a expressão "neo-liberalismo" naquilo que escrevo neste blogue ou fora dele.

Primeiro, porque a considero uma espécie de fato para marrecos, utilizada nas mais diversas circunstâncias e nos mais variados sentidos. Para alguma pessoas, entre as quais julgo incluirem-se os Ladrões, neo-liberalismo é praticamente tudo aquilo de que eles discordam.

Segundo, porque, embora seja avesso a algumas modalidades de liberalismo (designadamente nas suas variantes dogmática e interesseira) eu não só não tomo o epíteto como um insulto, como simpatizo genericamente com a ideia. Mais: entendo que o nosso país, em particular, necessita urgentemente de programas de liberalização em várias áreas.

O facto de eu subscrever o conjunto das propostas apresentadas por João Ferreira do Amaral a propósito da necessária refundação do sistema monetário europeu não implica que tenha que concordar com a fraseologia utilizada.

Somos, por enquanto, muito pouquinhos a pensar assim - ou pelo menos, a manifestar publicamente tais opiniões. Era o que faltava que nos dividissemos por questões de semântica.
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