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Há três tipos de energia - a do trabalhador, a do homem activo e a do organizador.
O trabalhador exerce regularmente um mister ou um cargo segundo as normas desse mesmo cargo ou mister. Corre numa calha indefinidamente e com grande utilidade social.
O homem activo nunca tem mister próprio; a simples actividade é indisciplinada por natureza. Exerce ele sempre um cargo ocasional e temporário, uma espécie de molde em que vasa um momento a sua energia constante. Esse momento pode durar toda a vida: esse molde pode nunca quebrar-se.
O organizador trabalha pouco: faz só calhas e moldes.
Os anteriores quatro parágrafos sairam directamente da pena do Fernando Pessoa, não do meu teclado. Não o confessei logo nem os coloquei entre parênteses para vocês ficarem por uns momentos com a impressão de que eu sou um tipo muito inteligente.
Ora bem, o que eu queria sublinhar é que, bem-entendidas, estas linhas contêm as linhas gerais de uma estratégia económica de sucesso para Portugal.
Boa noite.
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2.12.09
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