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A América está em muito pior situação do que os americanos imaginam. É esse o fulcro do problema.
Instalou-se a crença de que, embora a crise actual seja um pouco mais aguda do que o costume, a recuperação não tarda aí.
Não é verdade: tudo indica que a América e o Mundo estagnarão nos próximos anos com desemprego elevado e persistente.
A América não pode continuar a tolerar a política económica irresponsável da China, mas também não pode prescindir da poupança que os chineses continuam a canalizar para a dívida pública e privada americana. É aguentar de cara alegre.
Obama será o bode expiatório desta desesperada circunstância, tão cruel para o tradicional optimismo dos americanos. A esperança irracional de tudo transformar com uma simples ida às urnas que facilitou a sua eleição transmuta-se agora em recriminações não menos irracionais.
Há limites para aquilo que mesmo o melhor dos homens pode fazer.
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21.1.10
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1 comentário:
Para nos animar um pouco!!!
Mario Vargas Llosa refere na edição de hoje do jornal “EL PAÍS” a propósito das eleições Presidenciais no Chile que deram a vitória ao candidato da direita, Sebastian Piñera, que num encontro que teve com este, três dias antes do acto eleitoral, lhe perguntou qual queria que fosse a sua melhor contribuição no governo se ganhasse as eleições. “Dar um impulso decisivo ao nosso plano de oito anos, para crescer a um prometido 6% anual, algo perfeitamente realizável. Se o conseguirmos, o PIB, que é agora de 14.000 dólares terá um aumento para 24.000. Alcançamos Portugal”, Chile deixará então o subdesenvolvimento e será o primeiro país da América Latina a integrar o primeiro mundo.
Tendo o nosso governo copiado o modelo Chileno de Avaliação de Professores, eis senão quando que passamos a ser o modelo a seguir.
Um abraço,
Pedro Nunes
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