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Primeiro falou-se de Mário Lino, em seguida de Luís Palha, mas, no final, o ungido foi Castro Guerra. E por que não antes Carlos Queirós à frente da Cimpor? Não só tem boa presença como enerva muita gente na selecção nacional.
Ao que parece, o currículo do nomeado – professor e funcionário público toda a vida, com passagem pelo governo, que, até hoje, nunca assumira responsabilidades de gestão – foi de todo irrelevante. Poderemos daqui inferior que, por pressão política, foi colocado um incompetente na direcção da nossa maior cimenteira?
Um raciocínio alternativo sugere conclusão distinta. Talvez a administração de uma grande burocracia empresarial como a Cimpor, com um mercado e tecnologias consolidadas não exija especiais competências técnicas – para isso estarão lá outras pessoas.
O que os principais accionistas de uma Cimpor, de uma EDP ou mesmo de uma Caixa antes de mais querem é gente de confiança e bem relacionada, pois é disso que se necessita em actividades deste tipo. É isso que procuram e é isso que remuneram, tanto em empresas públicas como privadas, aqui e em qualquer parte do mundo.
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14.4.10
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1 comentário:
Fiz vários links à sua estória da pirataria.
O que há por aí com fartura são aspirantes a Drakes...
Gostava que tivesse a oportunidade de ler.
Quanto a esta sua indignação sobre a qualidade da elite que nos governa, ou sobre a que nos vai governar de seguida, não posso estar mais de acordo.
E não apelo para garantias meramente académicas ou de canudo passado. Falo do mérito que recusa as incursões de piratas...
Cumprimentos!
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