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Faço parte daquela minoria de portugueses desfavorecidos que não viram o jogo de 3ª feira devido à infeliz circunstância de conservarem por ora um posto de trabalho.
Isso, somado à minha incapacidade de sofrer pela selecção, qualifica-me de forma indiscutível para opinar sobre o que se passou.
Jogámos benzinho. Empatar com um adversário recheado de valores individuais que permitem à Costa de Marfim colocar em campo uma equipa mais equilibrada do que a nossa não é coisa que, lá no túmulo donde espreita o écrã da TV, envergonhe o Bartolomeu Dias.
Só correu mal aquela coisa de o árbitro nos ter invalidado um golo limpo. (Já nem falo do absurdo amarelo mostrado ao Ronaldo e de o Drogba ter sido autorizado a jogar com uma prótese.)
Não fosse essa ocorrência fortuita, e o país em peso elogiaria agora a segurança do desempenho dos nossos. Tenho dito.
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18.6.10
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