12.2.04
Crítica da razão distraída
Tenho tendência para desconfiar de um filósofo que morreu virgem e por quem as pessoas acertavam os relógios quando passava na rua.
Além disso, Kant é de facto um filósofo difícil: Wordsworth ria-se na cara De Quincey quando ele se gabava de compreendê-lo.
Seja por ser demasiado puritano ou demasiado inteligente para mim, a verdade é que as minhas leituras de Kant têm sido bastante esparsas. Para falar verdade, leio-o como quem folheia revistas. Enfim, uma coisa vergonhosa...
Mas o segundo centenário da morte do filósofo de Konigsberg provocou-me um lancinante sentimento de culpa. Como posso eu ter gerido tão mal a minha relação com este homem que representa, ele sim, o horizonte inultrapassável da nossa época?
Prometo que vou emendar-me. A começar já hoje.
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